Oração de São Francisco

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Tolerância

Tolerância é caminho de paz.
Não julgues esse ou aquele companheiro ignorante ou desinformado, porquanto, se aprendeste a ouvir, já sabes compreender.

Diante de criaturas que te enderecem qualquer agressão, conversa com naturalidade, sem palavras de revide que possam desapontar o interlocutor.

Perante qualquer ofensa, não percas o sorriso fraternal e articula alguma frase, capaz de devolver o ofensor à tranqüilidade.

Nos empecilhos da existência, tolera os obstáculos sem rebeldia e eles se te farão facilmente removíveis.

No serviço profissional, suporta com paciência o colega difícil, e, aos poucos, em te observando a calma e a prudência, ele mesmo transformará para melhor as próprias disposições.

Em família, tolera os parentes menos simpáticos e, com os teus exemplos de abnegação, conquistarás de todos eles a bênção da simpatia.

No trânsito público, não passes recibo aos palavrões que alguém te dirija e evitará discussões de conseqüências imprevisíveis.

Nos aborrecimentos e provações que te surgem, a cada dia, suporta com humildade as ocorrências suscetíveis de ferir-te, e a tolerância se te fará a trilha de acesso à felicidade, de vez que aceitarás todos os companheiros do mundo na condição de filhos de Deus e nossos próprios irmãos.

Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Plantão de Paz

Prece a Maria de Nazaré...




Oh! SANTÍSSIMA, MÃE AMADA E BENDITA,
somos Teus filhos errantes, andarilhos passageiros,
peregrinos limitados na carne e no sangue.
Vez ou outra, por invigilância nossa,
perdemo-nos num mar infindo de dor e de lágrimas,
indo e vindo, de lá pra cá, sem rumo, sem direção...

 
Pedimos, AMADA, envolve-nos em Tua proteção...
Incentive-nos os passos, direcione a nossa vida,
pois somos espíritos desejosos de crescer e evoluir, mas ainda diminutos e falhos...
Inspire-nos o pensamento...
Indique-nos o melhor caminho para chegar em TEUS braços.


Oh! MARIA, DOCE MÃE de todos nós,
Acolhe-nos em Tua seara!
Cubra-nos com TEU manto radiante de luz e esplendor.
Dai-nos força diante das atribulações da vida,
sabedoria nas escolhas, ternura na alma, confiança, coragem, esperança e fé!


Oh! DELICADA SENHORA!
Plenifica-nos de TI!
Abençoa-nos com Teu olhar de afeto...
Adoça-nos os sentimentos, as intenções...
Alumia os nossos pensamentos, os nossos corações, a nossa existência...


Sê conosco, ALTÍSSIMA, agora e sempre!


Texto: Claudia Perotti

A arte de morcegar

Curso prático de como morcegar no trabalho

  1. Nunca caminhe sem um documento nas mãos
    - Pessoas com documentos em uma das mãos parecem funcionários ocupadíssimos que se dirigem para reuniões importantes.
    - As pessoas de mãos vazias parecem que estão se dirigindo para a cafeteria.
    - As pessoas com um jornal nas mãos parecem que estão se dirigindo para o banheiro.
    - Sobretudo, leve algum material para casa, isso causa a falsa impressão de que você trabalha mais horas do que você costuma trabalhar.
  2. Use o computador para parecer ocupado
    - Quando você usa um computador, parece que você está "trabalhando" para quem observa ocasionalmente.
    - Você pode emitir e receber e-mail pessoal, ficar no bate papo ou ter uma explosão sem que isso tenha alguma coisa a ver com trabalho.
  3. Mesa bagunçada
    - Quando sua mesa está bagunçada parece que você está trabalhando duramente.
    - Construa pilhas enormes de documentos em torno de seu espaço de trabalho.
    - Ao observador, o trabalho do ano passado parece o mesmo que o trabalho de hoje; é o volume que conta. Se você souber que alguém está vindo à sua sala, finja que está procurando algum papel.
  4. O correio de voz
    - Nunca responda a seu telefone se você tiver o correio de voz. As pessoas não te ligam para te dar nada além de mais trabalho.
    - Selecione todas suas chamadas através do correio de voz.
    - Se alguém deixar uma mensagem do correio de voz para você e se for para trabalho, responda durante a hora do almoço quando você sabe que eles não estão lá.
  5. Pareça impaciente e irritado
    - Você deve estar sempre parecendo impaciente e irritado, para dar ao seu chefe a impressão de que você está realmente ocupado.
  6. Sempre vá embora tarde
    - Sempre deixe o escritório mais tarde, especialmente se o seu chefe estiver por perto.
    - Sempre passe na frente da sala do seu Chefe quando estiver indo embora.
    - Emita e-mails importantes bem tarde (por exemplo 21:35, 6:00, etc...) e durante feriados e finais de semana.
  7. Reclame sozinho
    - Fale sozinho quando tiver muita gente por perto, dando a impressão de que você está sob pressão extrema.
  8. Estratégia de empilhamento
    - Empilhar documentos em cima da mesa não é o bastante.
    - Ponha vários livros no chão. (os manuais grossos do computador são melhores ainda)
  9. Construa um vocabulário.
    - Procure no dicionário palavras difíceis.
    - Construa frases e use-as quando estiver conversando com o seu chefe. Lembre-se: ele não tem que entender o que você diz, desde que o que você diga dê a entender de que você está certo.
  10. O mais importante:
    - Não seja retardado ao ponto de enviar este texto por email, por que sempre vai existir um sujeito ainda mais burro ou sacana que vai enviar ele para o chefe e aí você já sabe né?

Acabe com a expressão
cansada mudando as sobrancelhas

Nadia Heisler, do R7
Getty ImagesFoto por Getty Images
Quando tirar as sobrancelhas, vá com calma e também se olhe mais de longe no espelho para ter outro ponto de vista

Nada é tão responsável por sua expressão do que o desenho das sobrancelhas. Elas precisam combinar com o formato do seu rosto, valorizar seus traços, traduzir sua personalidade e ter harmonia com a cor dos seus cabelos e da sua pele. Ufa! Apesar de parecer muito, ter sobrancelhas perfeitas e que deixem você mais bonita é fácil, mas desde que você se conheça bem e não mexa nelas por impulso. Se não souber como tirá-las, por exemplo, vá a um profissional. Existem diversos salões que possuem o serviço de designer de sobrancelhas.

Arqueadas, finíssimas, retas, grossas, espetadas, bagunçadas, bem marcadas...enfim, existem centenas de tipos de sobrancelhas. Para saber se a sua combina com você, comece se avaliando no espelho. Preste atenção na expressão que as suas sobrancelhas sugerem. Elas contrastam muito com a cor da sua pele? Os pelos invadem a região das pálpebras? Fazem seus olhos parecerem menores ou tristes? Deixa você parecendo mais brava?

Pois é, existem muitos aspectos para serem avaliados. O mais importante é tirar os pelos aos poucos, um por vez. Chegue bem pertinho do espelho e tire um. Depois, se afaste um pouco e se olhe de longe. Só assim você vai conseguir ter uma noção de como está o efeito no seu rosto por inteiro. Só arranque o próximo pelo se você tiver a certeza de que ele está deixando o seu visual pesado.

Uma boa dica é sempre pentear as suas sobrancelhas com uma escovinha própria com um uma máscara para cílios transparente. Alguns pelos precisam ser cortados, pois são muito compridos. Se esse for o seu caso, vá até um profissional e não tente cortar em casa.

sobrancelha-mp-20091021Hora de tingir? Se o seu problema for o contraste dos pelos com a sua pele, ou se você acabou de mudar radicalmente a cor dos cabelos, ficando bem loira ou ruiva, a melhor saída é clarear a sobrancelha. Saiba que quanto mais claras elas ficarem, mais vão suavizar a expressão, abrindo o espaço para o olhar. Quem tem a sobrancelha muito preta não pode clarear muito e deve se limitar aos tons marrons. Já quem tem os pelos castanhos, deve se limitar ao dourado escuro.

As peles negras não têm necessidade disso, pois a cor dos pelos não contrastam com a cor do rosto.Também é importante lembrar que suas sobrancelhas não precisam ser da cor das suas madeixas. Sendo assim, se você possui cabelos vermelhos, isso não quer dizer que é necessário tingir suas sobrancelhas com o mesmo tom. O castanho claro já serve para esse caso.


Os pelos da sobrancelha pegam cor facilmente. Por isso, clareie somente um ou dois tons abaixo do natural. O ideal é usar uma tinta com efeito clareador e sem descoloração. Lembre-se sempre de ler a embalagem do produto e testar antes na pele do pulso para saber se você possui alergia.

Algumas pessoas precisam escurecer um pouco a sobrancelha para deixar a expressão mais marcante. Se você perceber que é o seu caso, faça um teste maquiando um pouco a região com lápis ou estojinho de sombras próprias para prencher falhas. Aliás, essa é uma boa dica para quem quiser mudar o visual só por um dia. Você encontra esses produtos para sobrancelhas em lojas de maquiagens ou perfumarias.

Se quiser um visual definitivo, escureça os fios aos poucos e prefira as tonalidades castanho escuro ou marrom. Vá até um profissional caso não esteja segura do tom ou não esteja preparada para fazer sozinha. Fonte consultada: Maquiagem, do autor e maquiador Duda Molinos (editora Senac)

Planos de saúde para pets:

em caso de emergência, você não vai à falência

Eles oferecem serviços variados, como exames e cirurgias,
sem que você precise recorrer a um empréstimo
Cléo Francisco, do R7
 
Getty ImagesFoto por Getty Images

Há alguns meses, o professor de inglês Daniel Mario Bartolo Roman acordou assustado com Krishna, sua schnauzer de quatro anos. Às duas horas da manhã ela começou a chorar, tremer e a andar desesperadamente pela casa. Ele ligou para o plano de saúde do animal, descobriu onde havia uma clínica veterinária aberta àquela hora, e levou o bicinho.
- Ela teve um ataque de gravidez psicológica. Ela pensou que tivesse dado à luz e ficou histérica procurando os filhotes. Até leite ela tinha. Foi preciso dar remédios para que ela se acalmasse e secasse o leite.

A cachorrinha de Paula Caroline Blum também passou por apuros. Há dois meses, Xena, que é uma mistura de yorkshire com vira-lata, teve uma infecção no ouvido que a fazia chorar e coçar a orelha. Ela passou por um tratamento, mas como o problema não desaparecia, a veterinária pediu exames de laboratório. Para alívio da família, Xena também tinha plano de saúde.
- Ela precisou voltar à clínica umas quatro vezes, sem contar o preço do exame. Se não tivéssemos o plano, seria complicado para o nosso orçamento.

Os planos de saúde para animais estão se tornando uma opção interessante para quem se preocupa com o bem-estar de seus bichos de estimação. Mas, antes de optar por um, é importante prestar atenção a alguns detalhes, como explica Adriana Cristina Pereira, assistente de direção do Procon SP.
- O plano de saúde e a clínica precisam ter registros no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado. Nesse registro deve constar quem é o médico veterinário, o responsável técnico pelo estabelecimento. E esse documento tem de estar em local de fácil visualização para o consumidor.

Outro fator importante é se o plano tem rede credenciada com postos próximos de onde vive o animal. É importante verificar também se há carência, se o plano é limitado a um bicho ou se é possível fazer um pacote e incluir outros mascotes. O contrato deve ser lido com calma, na íntegra, e nele devem constar se o plano cobre urgências, transporte, internação, vacinas, condições de pagamento e de rescisão.

Entre os seguros disponíveis no mercado, há o Mister Saúde Animal, no qual os planos são divididos de acordo com a idade do bicho. Os valores variam de R$ 30 a R$ 84 por mês, e conta com uma ampla rede de clinicas. Dependendo do plano escolhido, é possível cobrir desde exames simples até cirurgias.

A Clínica Veterinária Med Dog também oferece um plano no qual o dono do animal paga quatro parcelas anuais de R$ 95. Esse valor dá direito a quatro consultas, exames clínicos e vacinação anual. Todos os procedimentos são feitos na clínica.

Para saber mais:
Mister Saúde Animal
www.mistersaudeanimal.com.br

Antes de Crer é preciso Compreender




Ser espírita é uma questão de livre opção, por isso, estão equivocados aqueles que pensam que estamos atrás de adeptos. Aliás, Allan Kardec afirmou que para ser espírita, antes de crer, é preciso compreender. Compreender o quê? O que é o Espiritismo, do que se ocupa, qual a sua finalidade.


Através do estudo da Doutrina Espírita, que está contida essencialmente na obra Kardequiana, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese, Obras Póstumas, O Que é o Espiritismo e outros opúsculos, aprendemos que a Doutrina Espírita trata essencialmente de:


a. Existência de Deus como Pai soberanamente justo e bom, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.


b. Existência e imortalidade da alma e seu destino. Trata, também, da sua preexistência.


c. Comunicabilidade entre vivos e mortos, ou numa linguagem espírita, encarnados e desencarnados, através da mediunidade, ponte feita com um material que se chama amor, por onde transitam nossos amados que viajaram antes, ou aqueles que nos odeiam, para exercer perseguições.


d. A reencarnação, que é sempre progressiva e na humanidade. A finalidade da reencarnação não é a de quitar erros do passado, e sim, a de levar o espírito a perfeição, destinação superior que lhe foi dada pelo criador.


O Espiritismo é cristão, e a sua moral é a evangélica, porque é a melhor que existe. Entretanto é preciso compreender que ele está acima dos dogmas, e aberto a todas as filosofias e religiões, porque Jesus de Nazaré não pertence a uma seita ou a um povo, é um missionário sem pátria, sem sectarismo.


O objetivo essencial do Espiritismo é o de melhorar o homem moral e intelectualmente, para que o homem melhore o mundo. Embora o Espiritismo ensine ao homem que a sua verdadeira pátria é a espiritual, ele não se preocupa em levar o homem para o céu, e sim, fazer da Terra um mundo melhor, de paz, harmonia, justiça.


Viver com dignidade é uma das nossas lutas, e para viver com dignidade o homem deve ter o suficiente, como uma casa onde construa um lar. É preciso ter alimentos, roupas, escola em todos os níveis, assistência médica e dentária, emprego, lazer.


Aprendemos, ainda, com o Espiritismo, que a prece é um ato de adoração a Deus. Ela não muda as leis do universo, mas dá forças, coragem, ânimo e fé. Através da prece ligamo-nos com Deus, e criamos um ambiente de fraternidade e de união com os nossos entes queridos desencarnados.


Queremos deixar bem claro que o Espiritismo não admite a mediunidade profissional. Daí de graça o que de graça recebeste, é o lema orientador do Espiritismo, pois ninguém pode arbitrar um preço ao trabalho dos espíritos, e nem obrigá-los a se manifestarem.


Está aí, em linhas gerais, que precisam ser aprofundadas, as finalidades do Espiritismo. Reiteramos nossa argumentação de abertura: O Espiritismo aconselha que, antes de crer, é preciso compreender.

Manual de remoção de manchas

Conheça todos os truques e peripécias para deixar sua roupa nova (de novo!)


Existem algumas manchinhas nas roupas que são tão chatas para sair que não se satisfazem com uma simples lavagem. Nem com duas. E nem com três. A verdade é que não adianta fazer força, tentar a sorte e nem estudar algum ritual de magia. Para retirá-las de uma vez por todas, basta um pouco de conhecimento.

Sendo assim, nada de ficar lavando, esfregando ou pedindo para mãe, para a avó e para o vizinho darem aquela mãozinha. Vá direto ao ponto e não esqueça que quanto antes você agir no local da mancha, maiores serão as chances de eliminá-la.

Na tecnologia têxtil, as manchas são consideradas sujidades e são divididas em grupos:

Manchas de pó
São consideradas manchas superficiais e saem com água.

Manchas causadas pelo suor
Saem com água. Dependendo da acidez, é necessário aplicar algum detergente nas áreas de maior contato para limpar manchas amareladas.

Manchas causadas por gordura animal
São as famosas manchas causadas pelo óleo do pastelzinho da feira, da carne do churrasco, dos peixes e etc.
Podem ser removidas com sabonete, detergente ou sabão em pó aplicado diretamente na mancha ainda úmida.

Manchas causadas por gordura vegetal
São as manchas de óleo, azeite e margarina.

A melhor combinação para eliminá-las é aplicar detergente ou sabão em pó diretamente na mancha e lavar a peça com água morna ou quente, pois o calor ajuda a eliminar a gordura.

O shoyu, molho japonês, é composto apenas por soja, trigo, fermento, água e sal. Por isso, ele está inserido no grupo das gorduras vegetais. Mas só quem já se sujou muito comendo sushi e sashimi sabe que a melhor maneira de removê-lo das roupas é pegar um pouco de nabo cru (de preferência cortado em rodelas) e passar diretamente sobre a mancha o quanto antes. O nabo absorve a gordura e retira toda a mancha em questão de segundos.

Manchas causadas por proteínas e albumina

As mais comuns são aquelas causadas por sangue, molho de tomate, ovo e chocolate e devem ser lavadas com água fria. A água quente nesse caso tem ação inversa: causa a coagulação das proteínas e fixa a mancha no tecido. Para ajudar a removê-las, use produtos com detergente ou perborato (como o Vanish, por exemplo).

Manchas pigmentárias

Causadas principalmente por vinho, café, fuligem, sucos e etc. Se a peça for clara, é possível eliminar a mancha com um pouquinho de água oxigenada, mas atenção: tome cuidado e enxágüe bem a peça para evitar que outras peças sejam manchadas por ela. Para tecidos coloridos e mais escuros, procure produtos com reagentes, tais como hidrossulfito de sódio ou hiposulfito de sódio (como o Semorin), que eliminam essas sujidades sem prejudicar a cor original do tecido.

Manchas específicas

Limão
- Assim que a roupa for manchada, tire e deixe cair água gelada para neutralizar o ácido do limão.
- Pegue uma esponja macia com um pouco de amônia e comece a passar nas bordas da mancha, levemente. Se a roupa for de seda ou de lã, dilua um pouco de amônia em uma mesma quantidade de água fria.
- Faça até a mancha sair por completo, ou o máximo possível.
- Enxágüe bem e repita se necessário.
- Lave a roupa como de costume.

Pimenta
- Tire o excesso da mancha raspando uma colher no tecido.
- Enxágue bem com água gelada.
- Coloque um pouco de detergente enzimático na mancha e deixe agir por alguns minutos.
- Deixe a roupa de molho, esfregando o local da mancha de minutos em minutos. Faça isso até tirar o máximo possível da mancha.
- Enxágue bem.
- Se a mancha permanecer, aplique removedor de manchas (Vanish, por exemplo) na hora de lavar a roupa. Coloque o produto diretamente sobre o local e espere alguns minutos.

Tomate
- Raspe a mancha com uma colher para tirar o excesso de tomate.
- Enxágue com água gelada.
- Coloque na mancha um pouco de detergente enzimático e deixe por alguns minutos, esfregando às vezes.
- Enxágue bem.
- Pegue uma esponja com um pouco de água sanitária ou vinagre branco e passe sobre a mancha.
- Enxágue.
- Coloque novamente detergente enzimático, esfregando às vezes e esperando alguns minutos.
- Repita o procedimento com a esponja e a água sanitária (ou vinagre branco), sempre enxaguando depois da operação.
- Caso a mancha persistir, aplique um pouco de removedor de manchas (Vanish, por exemplo) e deixe agir por alguns minutos.
- Lave com detergente enzimático e deixe no sol com um pouco de removedor de manchas.
- Se mesmo assim não sair, esfregue o mesmo detergente na mancha e deixe a peça de molho em água quente por pelo menos 30 minutos e até a mancha sair.
- Enxágüe bem e lave a roupa normalmente, colocando removedor de manchas no local.

Manteiga
- Use uma colher para retirar o excesso de manteiga e gordura da roupa, raspando-a no tecido.
- Aplique removedor de manchas e deixe por alguns minutos para penetrar no tecido.
- Esfregue detergente enzimático no local e faça por alguns minutos ou até retirar a sujeira o máximo possível.
- Lave com água bem quente, desde que seja segura para o tecido.

Ketchup/mostarda
- Raspe a mancha com uma colher para tirar o excesso do molho.
- Imediatamente, deixe cair uma corrente de água fria atrás da mancha.
- Esfregue o local da mancha com detergente enzimático e continue por alguns minutos.
- Enxágue.
- Deixe de molho na água fria e continue esfregando de tempos em tempos.
- Pegue uma esponja com vinagre branco ou suco de limão e passe sobre a mancha.
- Enxágue bem.
- Repita o procedimento 3 e o 5 até a mancha sair o máximo possível.
- Aplique removedor de manchas sobre o local e espere alguns minutos.
- Lave normalmente a peça com detergente enzimático.
- Acrescente removedor de manhas e deixe secar no sol.

Café
- Deixe cair bastante água fria até a quase remoção da mancha.
- Coloque detergente líquido enzimático sobre a mancha e deixe agir por alguns minutos. Para manchas velhas ou secas, esfregue o local com detergente enzimático e deixe de molho na água fria por 30 minutos.
- Se mancha persistir, esfregue o local com detergente enzimático e água morna e deixe agir de 10 a 15 minutos.
- Enxágue bem.
- Aplique removedor de manchas no local e espere alguns minutos. Ou, no lugar disso, você pode fazer uma “pasta” com bórax e água, na proporção de três para um, e aplicar sobre a mancha, deixando agir por 30 minutos.
- Enxágue e repita se necessário.
- Lave a roupa normalmente com detergente enzimático.

Vinho tinto
- Coloque um pouco de vinho branco, club soda ou água fria sobre a mancha, imediatamente. Daí esfregue o local até haver absorção no tecido.
- Salpique um pouquinho de sal sobre a mancha e deixe agir por um ou dois minutos.
- Deixe cair bastante água fria e esfregue bastante o local a mancha.
- Se a mancha continuar, repita o primeiro e o segundo passo.
- Aplique detergente enzimático sobre a mancha e esfregue por alguns minutos.
- Enxágue com água fria.
- Se ainda houver mancha, aplique removedor de manchas e lave com detergente enzimático.

Graxa
- Use uma colher para retirar o excesso de graxa da roupa.
- Jogue água.
- Sobre a mancha, coloque um pouco de sal, bicarbonato de sódio ou talco em pó para absorver o excesso de gordura e deixe agir de 15 a 30 minutos.
- Enxágue e repita o procedimento até que a mancha seja removida o máximo possível.
- Esfregue detergente líquido e sem cor e continue por um ou dois minutos.
- Deixe a peça de molho na água quente por 30 minutos.
- Deixe cair bastante água quente no tecido com a mancha virada para baixo.
- Pegue uma colher e raspe ainda mais se sobrar algum resíduo.
- Enxugue o local com um pedaço de tecido que absorva a sujeira de graxa.
- Se a mancha persistir, faça uma pasta de bicarbonato de sódio e água, na proporção de 3 para 1, e deixe secar. Depois tire.
- Aplique removedor de manchas no local e deixe agir por alguns minutos
- Lave normalmente com água bem quente, desde que o tecido aguente a temperatura elevada sem que estrague.
- Se a mancha for bem difícil, coloque detergente enzimático com bicarbonato de sódio na lavagem.

Frutas vermelhas

Para manchas que acabaram de acontecer:
- O mais rápido que puder, raspe o excesso da sujeira com uma colher. Caso você não consiga tratar a mancha imediatamente, passe um pouco de sal sobre ela.
- Enxágue com água gelada.
- Esfregue um pouco de detergente enzimático líquido na mancha. Não use sabão em barra porque senão ela seca.
- Espere uns minutos e deixe cair água quente da torneira nas costas da mancha, deixando penetrar bastante água no tecido.
- Se a mancha não sair, chame uma amiga para ajudar. Enquanto ela deixa o tecido bem esticado, com o lado da mancha virado para baixo, você deve pegar uma chaleira com água bem quente – desde que não prejudique o tecido – e despejar sobre o local da mancha.
- Se a mancha continuar, aplique removedor de manchas sobre o local e lave a peça com detergente líquido enzimático.
- Se mesmo assim ela não sair, pegue uma esponja com água sanitária incolor e um pouco de vinagre e água normal e passe sobre a mancha.
- Enxágue bem e deixe secar no sol.
- Repita as duas últimas fases até conseguir tirar o máximo possível da mancha.
- Aplique removedor de manchas novamente no local e lave a peça mais uma vez com detergente enzimático.
- Se a mancha persistir, esfregue detergente enzimático no local da mancha e deixe a peça de molho na água por uma hora ou até a mancha sair.
- Enxágue e lave como de costume.

Para manchas secas há tempos:
- Faça uma pasta de bórax e água na proporção aproximada de 3 para 1 e passe sobre a mancha.
- Espere 15 minutos e enxágue. Se você não tiver bórax, esfregue glicerina na mancha e espere uma hora. Depois enxágue.
- Se a mancha não sair, esfregue um pouco de detergente enzimático líquido na mancha. Não use sabão em barra porque senão ela pode piorar.
- Deixe a peça de molho na água por uma hora ou até a mancha sair.
- Enxágue e lave a peça conforme a instrução da etiqueta da roupa.

Sangue
- Enxágue a mancha imediatamente com água fria e levemente salgada. Não use água quente senão a mancha pode secar. Se a mancha já estiver seca, deixe a peça de molho em água fria e salgada durante 30 minutos ou até que ela suavize.
- Se não sair, deixe a roupa de molho em uma mistura de detergente líquido enzimático com água fria por 30 minutos.
- Enxágue bem.
- Se persistir, coloque talco ou bicarbonato de sódio sobre a mancha e esfregue levemente até o tecido absorver o produto.
- Deixe secar na luz do sol.
- Enxágue com água fria.
- Aplique removedor de manchas sobre o local e deixe agir por alguns minutos.
- Enxágue e lave com detergente líquido enzimático.

Vômito
- Retire o excesso raspando uma colher limpa sobre o tecido.
- Deixe cair água fria no tecido virado ao contrário do lado da mancha.
- Dissolva amônia em água morna na proporção de 1 para 4 e deixe que a mistura aja por alguns minutos na mancha.
- Enxágue bem.
- Se a mancha persistir, deixe a roupa de molho em uma mistura de detergente enzimático e água quente por uma hora ou até que ela seja removida por completo.
- Se mesmo assim não sair, coloque removedor de manchas sobre o local e lave de acordo com as instruções da etiqueta da roupa.

Desodorante e antitranspirante

Para manchas que acabaram de acontecer:
- Misture removedor de manchas com água morna e passe no tecido seco com uma esponja. Continue por alguns minutos.
- Enxágue bem.
- Repita a operação para a mancha sair cada vez mais.
- Se a mancha tiver prejudicado a cor do tecido, tente removê-la com o auxílio de uma esponja com um pouco de amônia. Se o tecido for de lã ou de seda, dilua a amônia em igual proporção de água.
- Enxágue bem.
- Lave a peça normalmente com água em temperatura bastante elevada, desde que o tecido não estrague.

Para manchas secas há tempos:
- Misture removedor de manchas e com água morna e coloque o tecido do lado avesso ao da mancha. Esfregue as costas da mancha com uma esponja molhada por essa mistura. Continue por alguns minutos.
- Enxágue bem e repita o procedimento até que seja removido o máximo possível da mancha.
- Esfregue detergente líquido enzimático na mancha e lave com água bem quente, desde que seja seguro para a roupa.
- Se o tecido estiver descolorido, coloque um pouco de vinagre branco em um pano limpo e passe delicadamente sobre a mancha.
- Enxágue bem.

Base e batom
- Use uma colher limpa para retirar o excesso do cosmético da roupa.
- Umedeça o tecido e esfregue sabão em barra, detergente líquido para louça ou detergente líquido para roupas.
- Enxágue bem.
- Repita esses passos até que a mancha ser removida o máximo possível.
- Se a mancha permanecer, certamente é porque a maquiagem é oleosa. Deixe a peça de molho de 10 a 15 minutos em uma solução de água e detergente.
- Enxágue bem.
- Se não sair, coloque removedor de manchas sob o local.
- Lave de acordo com as instruções da etiqueta da roupa.

Esmalte
- Seque a mancha com um tecido limpo, dando pequenas batidinhas.
- Coloque um pouco e acetona em um pedaço pano limpo e aplique na mancha, a fim de que o produto penetre no tecido. A acetona é mais forte do que o removedor de esmalte e, portanto, mais eficaz. Mas antes de fazer isso, faça um teste no tecido da roupa para não estragar a sua cor. Se ela for afetada, coloque vinagre branco em vez da acetona. Aplique o vinagre branco delicadamente com a ajuda de um pano limpo e esfregue sem parar no local da mancha.
- Troque o pedaço de pano quando ele ficar sujo.
- Aproveite e enxágue bem o local da mancha e repita operação até removê-la o máximo possível.
- Aplique removedor de manchas no local e deixe a peça de molho por alguns minutos.
- Lave de acordo com as instruções da etiqueta da roupa.
- Deixe secar no sol para remover o que sobrou da mancha. Para roupas brancas ou de cores claras, passe um pano limpo molhado com uma mistura de partes iguais de vinagre branco ou peróxido de hidrogênio e água. E só depois coloque no sol.
- Se a mancha persistir, passe um pouco mais dessa mistura até que a mancha saia mais.
- Se mesmo assim o tecido continuar manchado, lave com água sanitária – desde que isso seja seguro para o tecido. Teste primeiro em algum tecido colorido.

Perfume
- Enxágue as costas da mancha com água gelada ou club soda.
- Se a mancha continuar, esfregue detergente líquido para louças ou detergente líquido ezimático por alguns minutos. Não use sabão em barra, mesmo que natural, pois a mancha pode fixar ainda mais no tecido.
- Enxágue bem com água fria
- Lave de acordo com as instruções da etiqueta da roupa.
- Se a mancha permanecer, esfregue detergente líquido enzimático e deixe a roupa de molho na água fria por 30 minutos ou até que a mancha saia por completo, agitando um pouco a água de tempos em tempos.
- Enxágue bem.
- Aplique removedor de manchas e espere alguns minutos.
- Lave de acordo com as instruções da etiqueta da roupa.

Óleo para corpo
- Enxugue a mancha com algum pano limpo que absorva o excesso do óleo.
- Coloque um pouco de sal ou talco em pó sobre a mancha, também para absorver o excesso de óleo, e espere de 10 a 15 minutos. Depois retire.
- Esfregue detergente de louça líquido sem cor na mancha. Continue por um ou dois minutos.
- Deixe a peça de molho por 30 minutos em uma mistura de água quente e detergente de louça líquido.
- Enxágüe deixando cair água quente da torneira nas costas da mancha.
- Se ela permanecer, faça uma mistura de bicarbonato de sódio e água, na proporção de 3 para 1. Espere secar e depois retire.
- Aplique removedor de manchas no local até que o produto penetre no tecido.
- Lave com a água mais quente possível, desde que ela não prejudique o tecido. Se a mancha for muito grave, coloque um pouquinho da mistura de detergente e bicarbonato de sódio na lavagem.

Fonte: Livro Field Guide to Stains – How to identify and remove virtually every stain known to man

Mensagem


Nascestes no lar que precisavas.

Vestiste o corpo físico que merecias.

Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.

Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades; nem mais nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.

Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.

Teus parentes e amigos são almas que atraístes com tuas próprias afinidades.

Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.

Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência.

Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes, são as fontes de atração e de repulsão na tua jornada vivencial.

Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa.

A mudança está em tuas mãos, reprograma a tua meta, busca o bem e viverás melhor.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

A visão espírita da morte





Escrito por IRC-Espiritismo   

   

 Para entender a atitude dos espíritas diante da perda de entes queridos, é preciso entender a visão espírita da morte. O que é a morte para o espírita?
 Em primeiro lugar, a destruição do corpo físico, que é um fenômeno comum a todos os seres biológicos. Segundo, a morte é um instante em meio a um caminho infinito. E em terceiro lugar, a morte é uma transição e não um ponto final.
Há que se considerar também que o espírito está permanentemente em processo de crescimento e renovação e a morte é a forma de forçar esta renovação, mudando am-bientes e projetos de vida.
Esta visão um tanto pragmática e aparentemente fria da morte não exclui a existência de sentimentos e emoções, porque tanto quanto sentimos mais ou menos fortemente a separação geográfica entre duas pessoas e ansiamos por reencontrarmos aqueles que estão longe, assim também ansiamos por ter novamente conosco os que se foram.
Mesmo na vida física há separações que são traumáticas, longas e, às vezes, definitivas. Na morte, então, a saudade e a vontade de ter outra vez aquele que se foi é perfeitamente natural e compreensível, mas a certeza da retomada do afeto e de projetos comuns no futuro é profundamente consoladora e faz com que a esperança possa ser tranqüila e confiante.

Por que é tão doloroso ainda para nós o fenômeno da morte física, com a separação dos entes que amamos?
Mauro Operti – Exatamente porque os amamos, queremos tê-los continuamente junto a nós. Isto não precisa de explicação, é natural. Vivemos em função dos outros. Tudo o que fazemos na vida tem como referência o outro. Se o outro que amamos se vai, como não sentir?

É licito procurarmos o contato com entes que partiram, já que a morte não é o fim?
Mauro Operti – Perfeitamente, desde que a nossa atitude mental e as nossas emoções estejam equilibradas. Por outro lado, toda vez que tentamos o contato com o mundo espiritual, temos que ter certeza de que os meios dos quais dispomos (ambiente, médiuns etc.) sejam apropriados para a nossa intenção. De qualquer modo, temos que ser prudentes quando intentamos qualquer contato com o mundo espiritual. E mesmo que a nossa intenção seja boa ou a nossa saudade muito grande, as leis da comunicação mediúnica continuam em vigência. Mas, de qualquer maneira, se a misericórdia divina nos forneceu os meios de comunicação, é perfeitamente razoável buscarmos o contato com aqueles que nós amamos. Quem não anseia uma palavra de afeto de quem está longe? É profundamente consoladora esta certeza.

O que se pode dizer às pessoas que buscam o centro espírita com profundo desejo de receberem uma mensagem de um ente querido que já partiu?
Mauro Operti – Em primeiro lugar, estar avisado de que este contato nem sempre é possível. Às vezes, passam-se meses ou anos antes de conseguirmos uma palavra ou uma mensagem. Nem os médiuns, nem os espíritos estão obrigados a nos dar a resposta que queremos. Se a misericórdia divina permitir, nós a receberemos, como muitos que já receberam. As evidências para alguns de nós são numerosíssimas, como é o meu próprio caso. Eu não tenho como negar o fato da sobrevivência pelo muito que já vivenciei ou já presenciei.

Qual a garantia de estarmos nos comunicando com nossos verdadeiros entes?
Mauro Operti – As evidências para a comunicação entre mortos e vivos são de dois tipos: são subjetivas ou objetivas. As evidências objetivas são confirmações externas, através de fatos objetivos que deixam motivo para poucas dúvidas (ou nenhuma dúvida). É claro que, como acontece com a própria pesquisa científica, sempre se pode levantar hipóteses explicativas para os fenômenos. O que se faz é levar em conta a soma de evidências que levam, quase sem deixar dúvidas, a se aceitar que o fenômeno foi genuíno. Mesmo na pesquisa científica, isto também acontece. Na realidade, nada é definitivamente provado em ciência. Mas, para muitas coisas, o peso das evidências a favor de uma determinada explicação é tão grande que, do ponto de vista prático, é como se estivesse provado. É assim também com os fatos mediúnicos. Mas existem também as evidências subjetivas e essas são pessoais e intransferíveis. Eu não posso provar a uma outra pessoa que sonhei com um ente querido e que isto significa que eu realmente estive com ele, mas, interiormente, eu tenho certeza, pelo realismo das cenas vividas oniricamente e por detalhes que me trazem uma certeza interior que não pode ser transferida. E quando isto acontece, não me importa absolutamente o que o outro possa pensar da minha experiência.

As perdas vivenciadas por qualquer encarnado, quando acompanhados de sentimento de resignação e capacidade de perdão, podem se tornar um aprendizado, um treinamento que nos levaria a entender melhor a perda dos entes queridos?
Mauro Operti – Certamente, porque é o aprendizado da renúncia, a certeza de que não somos donos de nada, nem de ninguém. Que o que temos num certo momento nos pode ser tirado no outro e continuamos vivendo, continuamos lutando sempre com a visão do futuro.

O ente desencarnado assiste ao seu velório? Assim sendo, qual sua postura diante da demonstração de dor dos entes encarnados?
Mauro Operti – Nem sempre. Vai depender do próprio espírito e da assistência por parte dos seus amigos espirituais. Às vezes, ele não tem condições emocionais e está tão desarvorado que deve ser afastado do local. Outras vezes o seu estado de perturbação é tal que ele não tem consciência do que está se passando. Mas, muitas vezes, isso é possível.

A vontade de ver o ente que se foi, a saudade, não atrai o espírito do parente querido desencarnado? Isto pode levar a uma obsessão?
Mauro Operti – Depende do estado mental e emocional que acompanha esta vontade. Também depende das condições do espírito desencarnado, mas não há perigo em pensarmos com saudade nos nossos afetos desencarnados. Isto é uma expressão do carinho e da afeição que une dois seres. Como proibir? Seria, no meu modo de ver, uma falha das Leis Divinas não deixar que nos lembremos com carinho daqueles que um dia se foram.

Como proceder para saber se os entes queridos estão bem?
Mauro Operti – Rezar, pedir a Deus que lhe permita sentir o carinho daquele de quem você gosta. Com o tempo e a prática aprendemos a nos dirigir mentalmente àqueles de quem gostamos e as evidências subjetivas que colhemos desses contatos nos dão a certeza de que realmente estivemos com eles. Mas é preciso aprender a fazer as rogativas mentais com tranqüilidade, confiança e a certeza da assistência espiritual de nossos guias. Peçamos a Jesus acima de tudo e esperemos com serenidade.

Que mensagem você daria para as pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los?
Mauro Operti – Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos.

Entrevista publicada na edição 11 da Revista Cristã de Espiritismo.

Como surgem as doenças?




Escrito por Edvaldo Kulcheski   
 
Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes?
 
No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.
A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.
Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

Tipos de doenças

Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.
As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.
As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.
Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra.
André Luiz afirma que “se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença”.

O surgimento das doenças

A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.
Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.
Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”.
Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.
A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

 Eliminando as energias tóxicas

Assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que veste agora ou outro, em reencarnação futura, terá de ser justamente o dreno ou a válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e impedem de firmar sua marcha na estrada da evolução. Durante a purificação perispiritual, as toxinas psíquicas convergem para os tecidos, orgãos ou regiões do corpo, provocando disfunções orgânicas que conhecemos como doença.
Quando o espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso de seu perispírito durante a existência física, ele desperta no além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Em tal caso, devido à própria “lei dos pesos específicos”, ele pode cair nas zonas umbralinas pantanosas, onde é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente. Assim, pouco a pouco vai se libertando das excrescências, nódoas, venenos e “crostas fluídicas” que nasceram em seu tecido perispiritual por efeito de seus atos de indisciplina vividos na matéria.
Os charcos pantanosos do umbral inferior são do mesmo nível vibratório das manchas e placas, por isso servem para drenar essas energias nocivas. Embora sofram muito nesses locais, isso os alivia da carga tóxica acumulada na Terra, assim como seu psiquismo enfermo, depois de sofrer pela dor cruciante, desperta e se corrige para viver existências futuras mais educativas ou menos animalizadas.
Os espíritos socorristas só retiram dos charcos purgatoriais os “pecadores” que já estão em condições de uma permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual adjacentes à crosta terrestre. Cada um tem certo limite que pode agüentar em meio a estes charcos, então eles são resgatados mesmo que ainda não tenham expurgado todas as placas, reencarnando em corpos onde permanecerão expurgando e drenando essas energias através das doenças que se manifestarão no corpo físico.

Ajuda da medicina

A doutrina espírita não prega o conformismo, por isso é lícito procurar a medicina terrena, que pode aliviar muito e curar onde for permitido. Se a misericórdia divina colocou os medicamentos ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que migraram do perispírito para o corpo físico, mas não devemos esquecer que os medicamentos alopáticos combatem somente os efeitos da doença.
Isto quer dizer que, quando as doenças estão presentes no corpo físico, devemos combatê-la, buscar alívio. Muitas vezes, estas doenças exigem tratamentos prolongados, outras vezes necessitamos até de cirurgia, mas tudo faz parte da “Lei de Causa e Efeito”, que tenta despertar para uma reforma moral através deste processo doloroso. Qualquer medida profilática em relação às doenças tem que se iniciar na conduta mental, exteriorizando-se na ação moral que reflete o velho conceito latino: mens sana in corpore sano.
Estados de indisciplina são os maiores responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas que adoecem o homem pelas reações de seu perispírito contra o corpo físico. Sentimentos como orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância, hipocrisia, amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, bem como as conseqüências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são também geradores das energias nocivas.
Ou seja, a causa das doenças está na própria leviandade no trato com a vida. Analisando criteriosamente o comportamento, ver-se-á que os males que atormentam as pessoas persistirão enquanto não forem destruidas as causas. Portanto, soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa. Procuremos sempre pensar e agir dentro dos ensinamentos cristãos, a fim de alcançarmos a cura integral.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 02

A alma dos animais


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Os animais têm alma?
O que acontece com os animais no mundo espiritual?
Os animais reencarnam?
 
Muitos duvidam da existência da alma nos animais, achando que apenas o homem a possui. Outros, entretanto, afirmam que eles não só têm alma, como esta é igual à do homem. Entendendo-se como alma a parte imaterial do ser, o espírito, os animais a possuem sim e esse princípio independente da matéria sobrevive ao corpo físico.
Nesse propósito, temos em O Livro dos Espíritos a seguinte explicação: “É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e de Deus”. Na mesma obra, encontramos também um esclarecimento muito importante para o assunto em pauta: “Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma? Conserva a sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece latente”.
No livro Os Animais têm Alma?, Ernesto Bozzano, conhecido filósofo e metapsiquista italiano, apresenta 130 casos de materializações de animais, visão e identificação de espíritos de animais mortos, alucinações telepáticas percebidas ao mesmo tempo pelo animal e pelo homem, bem como várias aparições de animais sob forma simbólico-premonitória. Cada caso é devidamente documentado e os comentários, apresentados com suas respectivas conclusões, são de difícil contestação.

A psique animal
A respeito de sua obra, Bozzano afirma: “Ela consiste em um primeiro ensaio para demonstrar, por um método científico, a sobrevivência da psique animal. É preciso voltarmos ao nosso assunto e concluirmos salientando que a existência de faculdades supranormais na subconsciência animal, existência suficientemente comprovada pelos casos que expusemos, constitui uma boa prova em favor da psique animal. Para o homem, deve-se inferir que as faculdades em questão representam, em sua subconsciência, os sentidos espirituais pré-formados esperando se exercerem em um meio espiritual (como as faculdades dos sentidos estavam pré-formadas no embrião esperando se exercerem no meio terrestre). Se assim é, como as mesmas faculdades se encontram na subconsciência animal, deve-se inferir daí, logicamente, que os animais possuem, por sua vez, um espírito que sobrevive à morte do corpo”.
Em Nosso Lar, de André Luiz, encontramos um trecho que dá conta da existência de animais no plano astral: “Seis grandes carros formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares”.
O que estariam fazendo esses animais que acompanhavam a caravana dos samaritanos, constituída por espíritos abnegados que iam até o umbral buscar enfermos para serem tratados nas “câmaras de retificação”? Colaborando. Os cães facilitavam a penetração nas regiões obscuras e afastavam seres monstruosos, os muares puxavam cargas e forneciam calor onde necessário e as aves devoravam as formas mentais odientas e perversas.
O pai da médium Yvonne A. Pereira, por meio de mensagem psicografada por ela, enviou um importante contributo para o nosso assunto. Ao desencarnar, ele foi levado para uma cidade pequena, sossegada, apropriada para convalescentes. Ao despertar, após três dias de seu decesso, encontrava-se só em uma varanda orlada de trepadeiras floridas. “O único rumor partia do orquestrar longínquo de uns pássaros, verdadeira melodia que ressoava aos meus ouvidos com delicadeza e ternura”, disse.

Cuidar dos animais
No livro O Consolador, Emmanuel esclarece quanto à missão que os humanos têm com relação aos nossos irmãos menores, que são os animais: “Sem dúvida, também a zoologia merece o zelo da esfera invisível, mas é indispensável considerarmos a utilidade de uma advertência aos homens, convidando-os a examinar detidamente seus laços de parentesco com os animais dentro das linhas evolutivas, sendo justo que procurem colocar os seres inferiores da vida planetária sob seu cuidado amigo. Os reinos da natureza, aliás, são o campo de operação e trabalho dos homens, sendo razoável considerá-los mais sob a sua responsabilidade direta que propriamente dos espíritos, razão porque responderão perante as leis divinas pelo que fizerem em consciência com os patrimônios da natureza terrestre”.
Sábia advertência, felizes os que a escutarem. Nosso carinho e solidariedade devem se estender aos seres que, mesmo estando abaixo de nós na escala evolutiva, são capazes de nos servir e amar. Necessitamos deles como eles necessitam de nós. E nessa troca de trabalhos e afetividade, todos ganham.

Artigo publicado na edição 15 da Revista Cristã de Espiritismo.

Os Gatos & Nós


   

    A maioria das pessoas acha que os gatos não fazem nada, são preguiçosos e tudo que fazem é comer e dormir. Não é bem assim! Você sabia que os gatos tem uma missão na nossa vida? Você já parou para pensar porque tantas pessoas hoje em dia têm gatos? Mais do que o número de pessoas que tem cães?
    Aqui está uma série de informações sobre a vida secreta dos gatos. Todos os gatos têm o poder de, diariamente, remover energia negativa acumulada no nosso corpo. Enquanto nós dormimos, eles absorvem essa energia. Se há mais do que uma pessoa na família, e apenas um gato, ele pode acumular uma quantidade excessiva de negatividade ao absorver energia de tantas pessoas. Quando eles dormem, o corpo do gato libera a negatividade que ele removeu de nós. Se estivermos excessivamente estressados, eles podem não ter tempo suficiente para liberar tamanha quantidade de energia negativa, e conseqüentemente ela se acumula como gordura até que eles possam liberá-la. Portanto, eles se tornarão obesos - e você achava que era a comida com que você os alimentava!
    É bom ter mais do que um gato em casa para que a carga seja dividida entre eles. Eles também nos protegem durante a noite para que nenhum espírito indesejável entre em nossa casa ou quarto enquanto dormimos. Por isso eles gostam de dormir na nossa cama. Se eles verificarem que estamos bem, eles não dormirão conosco. Se houver algo estranho acontecendo ao nosso redor, eles todos pularão na nossa cama e nos protegerão.
    Se uma pessoa vier a nossa casa e os gatos sentirem que essas pessoas estão ali para nos prejudicar ou que essas pessoas são do mal, os gatos nos circundarão para nos proteger. Quando meus gatos começaram a fazer isso comigo, eu não entendia porque eles ficavam em cima de mim ou aos meus pés. Eu soube depois que eles estavam me protegendo. Então, meus ouvidos e meus olhos buscam imediatamente ver a reação dos meus gatos para ver o que eles farão quando alguém entra em minha casa. Se eles correm para a pessoa, cheiram-na e querem ser acariciadas por essa pessoa, eu sei que posso relaxar.

Dívida a resgatar
 
    Se você não tem  um gato, e um gato vira-latas entra em sua casa adotando-a como lar, é porque você precisa de um gato em casa nessa época em particular. O gato vira-latas voluntariou-se para ajudar e escolheu você. Agradeça ao gato por escolher sua casa para esse trabalho. Se você tem outros gatos e não pode ficar com o vira-latas, encontre um lar para ele. O gato veio a você por um motivo, desconhecido para você a nível físico, mas em sonhos você pode ver a razão para o aparecimento do gato nessa época, se você quiser saber. Pode acontecer de haver um débito cármico que ele tem que pagar a você. O espírito que o acompanha pode ter feito algum mal a você em outra vida e deve resgatar essa dívida protegendo você nesta vida. Portanto, não afugente o gato. Ele vai ter que voltar de um modo ou de outro para realizar esta obrigação.
 
Os Gatos nos curam
 
    Na época de Atlântida, os curandeiros usavam cristais em seus trabalhos. Os cristais eram usados como uma canal de cura. Quando os curandeiros visitavam vilas distantes, eles não podiam usar os cristais pois o povo desconfiava deles achando que eles usavam magia negra. Como eles não podiam usar cristais, levavam gatos que exerciam exatamente a mesma função dos cristais. O povo não tinha medo dos gatos e permitiam que eles entrassem em suas casas. Desse modo, os gatos têm sido usado inúmeras vezes na arte da cura.

Gato


Nota: Para outros significados de Gato, ver Gato (desambiguação).
Wikipedia:Como ler uma caixa taxonómicaComo ler uma caixa taxonómica
Gato doméstico
Um gato doméstico. Outras imagens.
Um gato doméstico. Outras imagens.

Estado de conservação

Domesticado
Classificação científica
Reino:
Animalia
Filo:
Chordata
Classe:
Mammalia
Ordem:
Carnivora
Família:
Felidae
Género:
Felis
Espécie:
F. silvestris
Subespécie:
F. silvestris catus

Nome trinomial

Felis silvestris catus
(Carolus Linnaeus, 1758)
O gato doméstico (Felis silvestris catus), também conhecido como gato caseiro, gato urbano ou simplesmente gato é um animal da família dos felídeos, muito popular como animal de estimação, sendo um predador natural de animais como roedores, pássaros e lagartixas. A primeira associação com os humanos de que se tem notícia foi há cerca de 9500 anos, mas a domesticação dessa espécie oriunda do continente africano é muito mais antiga.
O seu mais antigo ancestral conhecido é o Miacis, mamífero que viveu há cerca de 40 milhões de anos, no final do período paleoceno, e possuía o hábito de caminhar sobre os galhos das árvores. A evolução desse animal deu origem ao Dinictis, espécie que já possuía a maior parte das características presentes nos felinos atuais.[3]
A sub-família Felinae, que agrupa os gatos domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos, expandindo-se a partir da África subsaariana até alcançar as terras onde atualmente está o Egito.[4]


História e domesticação

Os gatos domésticos atuais são uma adaptação evolutiva dos gatos selvagens. Cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos humanos.[5] Os gatos foram domesticados primeiramente no Oriente Médio nas primeiras vilas agriculturais do Crescente Fértil.[6][7] Os sinais mais antigos de associação entre homens e gatos datam de 9500 anos atrás e foram encontrados na ilha de Chipre.[7]
Quando as populações deixaram de ser nômades, a vida das pessoas passou a depender substancialmente da agricultura. A produção e armazenamento de cerais, porém, acabou por atrair roedores. Foi nesse momento que os gatos vieram a fazer parte do cotidiano do ser humano.[4] Por possuirem um forte instinto caçador, esses animais espontaneamente passaram a viver nas cidades e exerciam uma importante função na sociedade: eliminar os ratos e camundongos, que invadiam os silos de cereais e outros lugares onde eram armazenados os alimentos.[6][7]


Uma estatueta de um gato, feita no Antigo Egito, representando a deusa Bastet, em exposição no Museu do Louvre.
Registros encontrados no Egito, como gravuras pinturas e estátuas de gatos, indicam que a relação desse animal com os egípcios data de pelo menos 5000 anos.[8] Elementos encontradas em escavações indicam que, nessa época, os gatos eram venerados e considerados animais sagrados.[9] Bastet (Bast ou Fastet), a deusa da fertilidade e da felicidade, considerada benfeitora e protetora do homem, era representada na forma de uma mulher com a cabeça de um gato e frequentemente figurava acompanhada de vários outros gatos em seu entorno.[10][11]
Na verdade, o amor dos egípcios por esse animal era tão intenso, que havia leis proibindo que os gatos fossem "exportados".[12] Qualquer viajante que fosse encontrado traficando um gato era punido com a pena de morte. Quem matasse um gato era punido da mesma forma e, em caso de morte natural do animal, seus donos deveriam usar trajes de luto.[13]
Não tardou para que alguns animais fossem clandestinamente transportados para outros territórios,[14] fazendo com que a popularidade dos gatos aumentasse. Ao chegarem à Pérsia antiga, também passaram a ser venerados. Lá havia a crença de que, quando se maltratava um gato preto, corria-se o risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para fazer companhia ao homem durante sua passagem na Terra. Desse modo, ao prejudicar um gato, o homem estaria atingindo a si mesmo.[10]
Devido ao fato de serem exímios caçadores e auxiliarem no controle de pragas, por muitos séculos os gatos tiveram uma posição privilegiada na Europa cristã. Porém, no início da Idade Média a situação mudou: gatos foram acusados de estarem associados a maus espíritos e, por isso, muitas vezes foram queimados juntamente com as pessoas acusadas de bruxaria.[15] Até hoje ainda existe o preconceito de que as bruxas têm um gato preto de estimação, sendo esse animal associado aos mais diversos tipos de sortilégios; dependendo da região, porém, podem ser considerados animais que trazem boa sorte. É muito comum ouvir histórias de sorte e azar associadas aos animais dessa cor.[16]


Winston Churchill afaga um gato a bordo de um navio militar, em 1941.
Ao fim da Idade Média, a aceitação dos gatos nas residências teve um novo impulso, fenômeno que também se estendeu às embarcações, onde os navegadores os mantinham como mascotes. Conhecidos como gatos de navios, esses animais assumiam também a função de controlar a população de roedores à bordo da embarcação.[15] Com o passar do tempo, muitos gatos passaram a ser considerados animais de luxo, ganhando uma boa posição do ponto de vista social, sendo até utilizados como "acessórios" em eventos sociais, pelas damas. Nessa época, o gato começou a passar por melhoramentos genéticos para exposições, começando assim a criação de raças puras, com pedigree. Uma das primeiras raças criadas para essa finalidade foi a Persa, que ficou conhecida após sua introdução no continente europeu, realizada pelo viajante italiano Pietro Della Valle.[17]


Atualmente os gatos são muito utilizados na prevenção de roedores em áreas agrícolas
A primeira grande exposição de gatos aconteceu em 1871, em Londres. A partir desse momento, o interesse em se expor gatos desenvolvidos dentro de certos padrões propagou-se por toda a Europa.[18]
Atualmente, os gatos são animais bastante populares, servindo ao homem como um bom animal de companhia, e ainda continuam sendo utilizados por agricultores e navegadores de diversos países, como um meio barato de se controlar a população de determinados roedores. Devido ao fato de a sua domesticação ser relativamente recente, quando necessário convertem-se facilmente à vida selvagem, passando a viver em ambientes silvestres, onde formam pequenas colônias e caçam em conjunto.[18]

Nomenclatura

O gato doméstico foi denominado Felis catus por Carolus Linnaeus na sua obra Systema Naturae, de 1798. Johann Christian Daniel von Schreber chamou de Felis silvestris, o gato selvagem em 1775. Desse modo , os gatos caseiros são considerados uma das sub-espécies do gato selvagem. Não é incomum, aliás, o cruzamento entre gatos domésticos e selvagens, formando espécimes híbridos.[18]
Pelas regras de prioridade do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, o nome das espécies domésticas deveria ser Felis catus. No entanto, na prática, a maioria dos biólogos utilizam Felis silvestris para as espécies selvagens e Felis catus somente para as formas domesticadas.
Na opinião n.º 2027, publicada no Volume 60 (Parte I) do Bulletin of Zoological Nomenclature (31 de março de 2003),[19] a Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica confirmou a utilização de Felis silvestris para denominar o gato selvagem e Felis silvestris catus para as sub-espécies domesticadas. Felis catus segue sendo válido para a forma domesticada, se esta for considerada uma espécie separada.[20]
Johann Christian Polycarp Erxleben denominou o gato doméstico de Felis domesticus em suas obras Anfangsgründe der Naturlehre e Systema regni animalis, de 1777. Este nome e as suas variantes Felis catus domesticus e Felis silvestris domesticus não são nomes científicos válidos segundo as regras do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.

Características



Anatomia de um gato.
Os gatos, geralmente, pesam entre 2,5 e 7 kg; entretanto, alguns exemplares, como o Maine Coon podem exceder os 12 kg. Já se registraram animais com peso superior a 20 kg, devido ao excesso de alimentação.[21]
Em cativeiro, os gatos vivem tipicamente de 15 a 20 anos, mas o exemplar mais velho já registado viveu até os 36 anos.[22] Os gatos domésticos têm a sua expectativa de vida aumentada quando não saem pelas ruas, pois isso reduz o risco de ferimentos ocasionados por brigas e acidentes. A castração também aumenta significativamente a expectativa de vida desses animais, uma vez que reduz o interesse do animal por fugas noturnas e também o risco de incidência de câncer de testículos e ovários.[23]
Gatos selvagens que vivem em ambientes urbanos têm expectativa de vida reduzida. Gatos selvagens mantidos em colônias tendem a viver muito mais; O Fundo Britânico de Ação para Gatos (British Cat Action Trust[24]) relatou a existência de uma gata selvagem com cerca de 19 anos de idade.[25]
Os gatos possuem trinta e dois músculos na orelha, o que lhes permite ter um tipo de audição direcional, movendo cada orelha independentemente da outra. Assim, um gato pode mover o corpo numa direcção, enquanto move as orelhas para outro lado.[26] A maioria dos gatos possui pavilhões auditivos orientados para cima. Diferentemente dos cães, gatos com orelhas dobradiças são extremamente raros. Os Scottish Folds são uma das exceções a essa regra, devida a uma série de mutações genéticas. Quando irritados ou assustados, os gatos repuxam os músculos das orelhas, o que faz com que elas se inclinem para trás.


O gato doméstico costuma dormir durante a maior parte do dia para conservar sua energia
O método de conservação de energia dos gatos compreende dormir, acima da média da maioria dos animais, sobretudo à medida em que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12–16 horas, sendo de 13–14 horas o valor médio. Alguns espécimes, contudo, podem chegar a dormir 20 horas num período de 24 horas.[23]
A temperatura normal do corpo desses animais varia entre 38 e 39 °C. O animal é considerado febril quando tem a temperatura superior a 39,5 °C, e hipotérmico quando está abaixo de 37,5 °C. Comparativamente, os seres humanos têm temperatura normal em torno de 37 °C. A pulsação do coração desses pequenos mamíferos vai de 140 a 220 batidas por minuto e depende muito do estado de excitação do animal. Em repouso, a média da freqüência cardíaca fica entre 150 e 180 bpm.[26]


Um Gato doméstico jovem.
Um adágio popular diz que os gatos caem sempre de pé. Geralmente o ditado corresponde à realidade, mas não é uma regra fechada. Durante a queda, o gato consegue, por instinto, girar o corpo e prepará-lo para aterrar em pé, utilizando a cauda para dar equilíbrio e flexibilidade. Eles sempre se ajeitam do mesmo modo, desde que haja tempo durante a queda para fazê-lo, dessa maneira são capazes de suportar quedas de muitos metros, visto que durante a queda chegam a uma velocidade-limite na qual suportam o impacto com o chão. Algumas subespécies sem cauda são exceções a essa regra, já que o gato conta com a cauda para conservar o momento angular, necessária para endireitar o corpo antes do pouso. Assim como a maioria das espécies de mamíferos, os gatos são capazes de nadar. No entanto, somente o fazem quando extremamente necessário, como em caso de queda acidental na água.[27]
Assim como os cães, os gatos são digitígrados: andam diretamente sobre os dedos; os ossos das suas patas compõem a parte mais baixa da porção visível das pernas. São capazes de passos precisos, colocando cada pata directamente sobre a pegada deixada pela anterior, minimizando o ruído e os trilhos visíveis.[26]

Alimentação



Gato recém-nascido sendo alimentado a leite.
Os gatos, como caçadores, alimentam-se de insetos, pequenas aves e roedores. Os gatos não-domesticados, abandonados e sem dono, ou gatos domesticados que se alimentem livremente, consomem entre 8 a 16 refeições por dia. Apesar disso, os animais adultos podem adaptar-se a apenas uma refeição por dia.[28] Biologicamente, os gatos são classificados como animais carnívoros, tendo a sua fisiologia orientada para a eficiência no processamento de carne, com consequente ausência de processos eficientes para a digestão de vegetais.
Os gatos não produzem a sua própria taurina (um ácido orgânico essencial). Como essa substância está presente no tecido muscular dos animais, o gato tem que se alimentar de carne para sobreviver. Assim, os gatos apresentam dentição e aparelho digestivo especializado para processamento de carne. O seu intestino diminuiu de extensão ao longo da evolução para ficar apenas com os segmentos que melhor processam as proteínas e gorduras de origem animal.[29] O aparelho digestivo limita seriamente a capacidade dos gatos de digerir, metabolizar e absorver nutrientes de origem vegetal, bem como certos ácidos graxos.
A taurina é rara em plantas, mas relativamente abundante nos tecidos dos animais, sendo um aminoácido de grande importância para a saúde dos olhos dos gatos, de modo que a deficiência dessa substância pode causar uma degeneração macular na qual a retina sofre destruição lenta e gradual, podendo causar uma cegueira irreversível no animal.


A evolução tornou os gatos excelentes caçadores.
Apesar da fisiologia do animal ser essencialmente orientada para o consumo de carne, é comum que os gatos complementem a sua dieta carnívora com a ingestão de pequenas quantidades de ervas, folhas, plantas domésticas ou outros elementos de origem vegetal. Uma teoria sugere que este comportamento ajuda os gatos a regurgitar em caso de difícil digestão; outra teoria aponta que ingerir pequenas doses de vegetais fornece fibras e minerais diversos, não presentes em uma dieta exclusivamente carnívora. Neste contexto, é necessária prudência aos donos dos gatos porque algumas plantas de interior podem ser venenosas para os animais.[30] As folhas de algumas espécies de lírios podem causar dano nos rins, que pode mesmo ser fatal; também as plantas do género Philodendron são venenosas para os gatos.[31] Outro exemplo é o do abacateiro, do qual algumas partes são tóxicas, mas cujo fruto (excepto o caroço) é um ingrediente em várias marcas de comida para gatos.[32]
Os gatos são bastante seletivos na sua alimentação, o que pode ser decorrente, pelo menos em parte, da mutação que causou à espécie a perda da capacidade de detectar o sabor doce nos alimentos. Apesar de exigentes, precisam alimentar-se constantemente, pois, de modo geral, esses pequenos animais de estimação não toleram mais de 36 horas de jejum sem que os seus rins sofram algum risco de dano.[33]
Esse animal exibe alguma preferência pela planta designada por nepeta, popularmente conhecida como erva-dos-gatos, ou catnip. Muitos gatos gostam de comer esta planta, que tem efeitos diversos no seu comportamento, enquanto outros apenas rastejam sobre esse vegetal e brincam com suas folhas e flores.:[34] Os gatos também podem sofrer de distúrbios alimentares diversos. Alguns contraem uma doença chamada pica,[35] que consiste em um transtorno que os impele a mastigar objetos alheios a sua dieta, tais como terra, plástico, papel, , carvão e outros materiais, o que pode ser perigoso para a sua própria sobrevivência, dependendo da toxicidade desses materiais.[30]
O meio de alimentação mais recomendado para os gatos domésticos é o consumo livre, ou seja, deve-se procurar deixar o alimento à vontade para o animal ao longo do dia. Essa prática tem a vantagem de diminuir o pH da urina, evitando, desse modo, a formação de cálculos renais. No entanto, alguns veterinários costumam recomendar que o dono controle a quantidade de alimento ingerida, oferecendo ao gato porções limitadas, visando evitar que o animal fique com sobrepeso.[36]

Comportamento

O temperamento dos filhotes varia conforme a ninhada e a socialização. Os gatos de pelo curto tendem a ser mais magros e fisicamente mais ativos, enquanto os gatos de pelo comprido tendem a ser mais pesados e letárgicos. Entretanto, a maioria dos gatos partilha um mesmo comportamento: são extremamente curiosos. Não é por acaso que existe um dito popular que diz "A curiosidade matou o gato".
Quando abandonados em áreas remotas, distante da sociedade humana, filhotes de gatos podem converter-se ao meio de vida selvagem, passando a caçar pequenos animais para sobreviver.[37] A expectativa de vida de um gato de rua é de apenas 3 anos. Já um gato que seja cuidado por humanos pode superar os 20 anos de idade.[38] O gato no estado selvagem é um animal muito social, chegando a estabelecer colônias mais ou menos hierarquizadas. Possui um instinto natural de caça. Mesmo quando domesticados, os machos tendem a marcar o seu território com urina.
Os gatos possuem um cérebro bastante evoluído, sendo capazes de sentir emoções. Podem sofrer diversos distúrbios psicológicos, tais como estresse e depressão. Assim como um ser humano, quando estressados, tendem a ter um comportamento neurótico.[23]
Esses animais costumam copular somente quando a fêmea entra no cio. Este pode ocorrer várias vezes ao longo de um ano e dura aproximadamente uma semana. O macho procura cercar a fêmea, que tenta resistir ao máximo à cópula. Se o macho é hábil, ele conseguirá mordê-la na parte posterior do pescoço, imobilizando-a. Até conseguir isso, é comum que os dois soltem miados altos, diferentes do miado usual. A penetração é dolorosa. A cópula estimula o ínicio do processo de ovulação das fêmeas: elas têm sensores nervosos, que com tal dor ativam o processo. Desse modo, poucos óvulos são perdidos.[26]
Sua velhice ocorre de forma abrupta, não sendo gradual como a humana. Dura aproximadamente um ano e finda com a morte. É possível que o gato tenha doenças típicas da idade avançada, como catarata e perda olfativa. Nessa fase, ele geralmente dorme durante todo o dia, mostrando extremo cansaço e fraqueza muscular.[39]


Uma gata amamentando seus filhotes.
As femêas apresentam um temperamento variável: podem simular ignorar seu dono, dar atenção a ele, ronronar ou fugir sem razão aparente. O comportamento dos gatos depende de cada indivíduo, do momento do dia e até mesmo das condições climáticas. Enquanto um felino pode ser muito sociável, o outro pode ser completamente arisco. Alguns gatos ficam agitados e aversos ao contato com humanos à noite. Ainda é possível observar que alguns desses animais ficam agitados quando uma tempestade está por vir, outros adotam uma posição defensiva, em que ficam deitados com as patas recolhidas, aguardando o início da chuva.[18]
Devido a variações constantes em seu humor, é possível dizer que, na maioria das vezes, o temperamento de um gato é imprevisível. Algumas vezes um gato filhote, pode apresentar variações de energia, ficando algumas vezes mais calmos, outras, mais agitados. Gatos adultos mantêm-se calmos por mais tempo que gatos pequenos, por serem maiores e mais pesados.

Ciclo biológico

Reprodução

O gato apresenta vários ciclos reprodutores ao longo do ano, que podem durar de 4 a 7 dias. Durante esse período, as gatas miam mais freqüentemente, e vários gatos podem lutar por uma mesma fêmea no cio e o que vencer ganha o direito de copular. Ainda que a fêmea, a princípio, rechace a relação sexual, ela acaba aceitando o macho. Depois da cópula, a fêmea se limpa e pode ficar muito violenta até que termine todo o ato do acasalamento, uma vez que o ciclo se repita. As gatas podem ter cada óvulo fecundado por um macho diferente, tendo assim, na mesma ninhada, filhotes de pais diferentes.[30]
As gatas alcançam a maturidade sexual entre 4 a 10 meses de idade, e os gatos entre 5 a 7 meses após o nascimento. A gestação dura de 63 a 65 dias, aproximadamente e pode gerar de um a oito filhotes.[30] Os recém-nascidos devem manter-se com a mãe por 60 dias, já que então o gatinho já terá recebido os nutrientes necessários. Separá-los antes desse período seria um erro, devido à possibilidade de que eles morram por falta de alimentação adequada. Pode-se esterilizar os gatos, procedimento normalmente realizado em machos antes que eles comecem a marcar território; isto deve evitar que eles perpetuem esse comportamento ao longo de suas vidas.[26]

Características genéticas

O gato apresenta 38 cromossomos, e se conhecem cerca de 200 patologias associadas, muitas delas comuns aos seres humanos. O projeto Genoma do Gato, do Laboratory of Genomic Diversity, pretende descobrir seu genoma.[40]


Gata com heterocromia, anomalia genética na qual o indivíduo possui um olho de cada cor.
Existe uma crença de que os gatos brancos de olhos azuis são surdos, a não ser que tenham um olho de cada cor, característica conhecida por heterocromia, cujos portadores são denominados gatos de olhos ímpar. Isto está certo em parte, já que há uma maior probabilidade de gatos com essas características físicas serem também surdos, mas este fato não é determinante.[18]
A cor branca do gato se deve à ausência de melanina em sua pele e pelos. Há quatro modos de um gato ser da coloração branca "sólida":
  • Ser homozigótico para o alelo ca (albino de olhos azuis);
  • Ser homozigótico para o alelo c (que é albino de olhos vermelhos);
  • Ser homozigótico para o alelo S (mancha branca);
  • Possuir o alelo w (do gene branco dominante) no seu cariótipo.
O gene da surdez é próprio dos gatos brancos, chama-se alelo w, e é o causador da coloração branca e da surdez nos gatos. Nem todos os gatos brancos são surdos, só o são os que apresentam o tal gene. O gene w faz com que o gato seja branco, ainda que seus genes digam que ele é um gato escuro; este gene tem a peculiaridade de "mascarar" o resto das colorações para fazê-los brancos.[26] Além disso, estes gatos só tem os olhos azuis ou verdes. Outra característica genética é o fato de, em alguns animais, os dentes caninos da mandíbula inferior serem proeminentes, semelhantemente ao observado nos fósseis do tigre-dentes-de-sabre.[18]

Pelagem



Uma gata de pelagem tricolor.
Em respeito às cores, os gatos podem ter uma única coloração, como os completamente brancos ou pretos, que só tem pêlos contrastantes soltos em algumas partes do corpo. Também podem ter duas cores, como o branco e preto (típico gato-vaca), branco e laranja, pardo e branco, ou cinza e branco. Podem possuir um padrão de cores tigrado em laranja, pardo e branco; em tons cinzas e alaranjados (gatos romanos), com o pelo de uma só cor em toda a sua extensão ou de dois tipos de cores (as extremidades diferentes do resto do corpo). Também podem ter um padrão de cor siamês com cores mais escuras na face, rabo, patas e orelhas. Outro tipo de coloração é a tricolor, como, por exemplo, branco, laranja e preto. As gatas costumam ter os pelos mais lustrosos e brilhantes do que os machos, em contra partida elas costumam soltar mais pelos do que os gatos, principalmente nos períodos do início do cio.[41]


Um gato de pelagem bicolor.
Os gatos tricolores ou de até quatro cores são normalmente fêmeas; quando são machos, são estéreis. Em contrapartida, os gatos romanos laranjas só podem ser machos. O tipo de pelo vai desde o muito curto (como o Sphynx, cujo pelo é quase invisível), o encaracolado (no caso do Devon rex), o pêlo curto normal com uma cor somente ou com pontas de outras cor, o pelo semi-longo, até o pelo mais longo procedentes das cruzas com o Bosque da Noruega, Persa ou qualquer outra raça de pelo longo.

Sentidos

Muitos zoólogos acreditam que os gatos são os mais sensitivos dos mamíferos. Enquanto seu olfato e audição podem não ser tão aguçados quanto os dos cães, a visão altamente apurada, audição e olfato sobre-humanos, combinados com o paladar e sensores táteis altamente desenvolvidos, fazem do gato um mestre nos sentidos.[41]

Visão

Medir e classificar os sentidos dos animais pode ser difícil, principalmente por que não existem meios explícitos de comunicação entre o objecto do teste e o examinador. Entretanto, testes indicam que a visão aguçada dos gatos é largamente superior no período noturno em comparação aos humanos, mas menos eficaz durante o dia.


Gatos têm a visão muito nítida.
Os olhos dos gatos possuem a tapetum lucidum, uma membrana posicionada dentro do globo ocular que reestimula a retina ao refletir a luz na cavidade.[42] Enquanto esse artifício melhora a visão noturna, parece reduzir a acuidade visual na presença de luz abundante.[43] Quando há muita luminosidade, a pupila em formato de fenda fecha-se o máximo possível, para reduzir a quantidade de luz a atingir a retina, o que também resguarda a noção de profundidade. O tapetum e outros mecanismos dão aos gatos um limiar de detecção de luminosidade 7 vezes menor que a dos humanos.[44]
Os gatos têm, em média, campo visual com abertura estimada em 200°, contra 180° dos humanos, com sobreposição binocular mais estreita que a dos humanos. Como em muitos predadores, os olhos ficam posicionados na parte frontal da cabeça do animal, ampliando a noção de profundidade em detrimento da largura do campo de visão.[45]
O campo de visão depende principalmente do posicionamento dos olhos, mas também pode estar relacionada com a construção dos olhos. Ao invés da fóvea que dá aos humanos excelente visão central, os gatos têm uma faixa central marcando a intersecção binocular. Aparentemente os gatos conseguem diferenciar cores, especialmente à curta distância, mas sem sutileza apreciável, em termos humanos.
Os gatos também possuem uma terceira membrana protetora dos olhos, a membrana de nictação (que é o ato de fechar os olhos instintivamente na presença de luz intensa). Essa membrana fecha parcialmente quando o animal está doente. Se o gato mostra freqüentemente essa terceira pálpebra, é um indicativo de doença.[39]

Audição



O formato das orelhas dos gatos ajuda-os a identificarem com precisão a fonte dos sons.
Os seres humanos e os gatos têm limites similares de audição em baixa frequência, que devem rondar os 20 Hz. Já na escala de alta frequência, os gatos têm ampla vantagem, alcançando os 60 kHz, superando até mesmo os cães. Os gatos podem ouvir até duas oitavas acima dos humanos (20 kHz) e meia oitava além dos cães. Quando detectam um som, as orelhas do gato imediatamente voltam-se para o ruído. Os gatos podem precisar com margem de erro de 7,5 cm a localização de uma fonte sonora a um metro de distância.[42]
Trinta e dois músculos indivíduais na orelha os permitem ouvir direcionalmente. Os gatos podem mover uma orelha independentemente da outra. Diferentemente dos humanos, os gatos têm sua orelha coberta interna e externamente por pêlos. Quando está enojado ou atemorizado, o gato, instintivamente, abaixa as orelhas para trás da cabeça, cobrindo seus canais auditivos. Juntamente com esta ação, arrepia seus pêlos, coloca as garras para fora e emite um som ameaçador com a boca, deixando os dentes à mostra:.[46]

Tato

Os gatos geralmente têm uma dúzia de bigodes, dispostos em quatro fileiras sobre os lábios superiores, alguns nas bochechas, tufos sobre os olhos e no queixo. Os Sphynx - gatos quase sem pêlos - podem ter bigodes normais, curtos ou sequer apresentá-los.
Os bigodes auxiliam na navegação e tato. Podem detectar pequenas variações nas correntes de ar, possibilitando ao gato descobrir obstruções sem vê-las, facilitando o deslocamento na penumbra. As fileiras mais elevadas dos bigodes movem-se independentemente das inferiores para medições ainda mais precisas.[47]
Especula-se que os gatos podem preferir guiar-se pelos bigodes especializados que dilatar as pupilas na totalidade, o que reduz a habilidade de focar objectos próximos. Esses pêlos também alcançam aproximadamente a mesma largura do corpo do bicho, permitindo-o julgar se cabe em determinados espaços.[47]
O posicionamento dos bigodes é um bom indicador do humor do felino. Apontados para frente indicam curiosidade e tranquilidade, colados ao rosto indicam que o gato assumiu uma postura defensiva e agressiva.[48]
Recentes estudos de fotografias infravermelhas de gatos caçando demonstram que eles também utilizam os seus bigodes para determinar se a presa mordida já está morta. Observa-se nas fotos que, ao aplicar a mordida fatal à vítima e posteriormente a manter apertada entre as mandíbulas, seus bigodes "abraçam" ou rodeiam completamente o corpo da presa para detectar uma possível mínima vibração como sinal de que a caça ainda possa estar com vida. Crê-se que este fenômeno é usado para proteger o próprio corpo do felino, porque muitas de suas vítimas, como os ratos, ainda podem mordê-lo e/ou lesioná-lo, se o predador as leva à boca quando ainda estão com vida.

Olfato

O olfato de um gato doméstico é 14 vezes mais forte que o dos humanos.[49] Eles possuem duas vezes mais células receptoras do que os homens, significando que eles podem sentir odores os quais um ser humano sequer registra. Além disso, eles possuem um órgão sensorial no céu da boca chamado vomeronasal, ou órgão de Jacobson, que atua como um órgão olfatorial auxiliar . Quando o gato franze a face, baixando a mandíbula e expondo parte da língua, ele está abrindo a passagem de ar para o vomeronasal. Esse olfato apurado faz com que os gatos tenham um paladar também muito apurado, o que os torna extremamente exigentes em relação à comida, de modo que raramente aceitem restos da alimentação dos humanos.[42]

Paladar



Os gatos têm olfato e paladar muito aguçado
Uma curiosidade sobre o paladar dos gatos é que, de acordo com a edição norte-americana da National Geographic (de 8 de Dezembro de 2005), eles não são capazes de saborear o doce, por falta de receptores desse tipo. Alguns cientistas acreditam que isso se deve à dieta dos gatos incluir quase que exclusivamente alimentos ricos em proteínas, embora seja incerto se essa é a causa ou o resultado dessa falta de células adaptadas.[39]
Entretanto, através da observação de gatos domésticos, percebe-se que uma vez que sejam oferecidos doces eles parecem gostar, embora não seja saudável deixá-los comer tais guloseimas, pois podem causar excessiva fermentação dentro do aparelho digestivo, gerando gases e cólicas desconfortáveis no animal.[50]
Ainda que não reconheçam o gosto doce, esses animais apresentam grande sensibilidade aos sabores ácidos, salgados e amargos, o que os torna animais muito exigentes quanto ao paladar dos alimentos que lhes são oferecidos, podendo recusar a refeição fornecida, caso notem algo de errado em seu sabor.[51]

Envelhecimento



Embora não apresentem muitos sinais externos de envelhecimento, os gatos têm a saúde fragilizada nessa etapa de suas vidas.
Ainda que apresentem poucos sinais externos decorrentes do envelhecimento, com o avanço da idade, os gatos apresentam mudanças fisiológicas significativas, que afetam seu metabolismo, tornando-os mais suscetíveis e vulneráveis aos ataques de diversas doenças, como problemas na pele, olhos, ouvidos, olfato e paladar.[30][50][51] Podem também apresentar fragilidade nos ossos e desenvolver tumores e cânceres. Normalmente os indivíduos mais idosos apresentam letargia, diminuição do apetite e emagrecimento, culminando na insuficiência de órgãos vitais como rins, fígado e coração, o que pode levar o animal à óbito.[30][52]
Os gatos que vivem sob cuidados de humanos podem viver mais de 20 anos. Para que atinjam tal idade, recomenda se que, à partir dos oito anos de idade, esses animais sejam submetidos a um tratamento diferenciado, envolvendo alimentação diferenciada, consultas veterinárias e exames de saúde regulares.[53] Cuidados gerais devem ser intensificados nessa fase, sobretudo o asseio com os dentes, que devem ser limpos e inspecionados semanalmente. Os olhos e ouvidos também devem ser focos de cuidados especiais, pois esses órgãos vão, aos poucos, tornando-se menos eficazes. Se o gato estiver com a sua visão prejudicada, deve-se evitar a mudança da localização dos seus pertences, como cama, caixa de areia e vasilhas de água e comida, pois o animal poderá continuar utilizando esses itens, desde que esteja acostumado ao local onde normalmente estão instalados. Quanto à alimentação, deve-se estimular um aumento no número de refeições, pois o gato passará a ter menos apetite e, consequentemente, comer em menores porções.[30]
Devido a redução na quantidade de alimentos ingeridos, e às mudanças fisiológicas decorrentes da idade mais avançada, o nível de energia disponível diminuirá e o bichano não terá mais tanta disposição para brincadeiras. No entanto, sabe-se que gatos idosos apreciam a companhia dos humanos, devendo ser tratados com a mesma alegria, dedicação e carinho dispensados em sua fase juvenil.[30]

Comunicação

Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Inteligência em gatos


O cérebro dos gatos possui estrutura complexa, tendo, em média, 5 centímetros de diâmetro e 30 gramas de massa.
Os gatos conseguem comunicar-se de forma bastante eficaz, seja com humanos ou com outros seres de sua espécie. Estudos da inteligência em gatos têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência.[54] O cérebro desses animais apresenta estruturas complexas que possibilitam que eles desenvolvam uma espécie de linguagem, comunicando se por meio de miados, ronronares, bufos, gritos e linguagens corporais.[45][55]
A avançada estrutura do cérebro faz com que esses felinos sejam frequentemente utilizados como animais experimentais, tendo em vista que esse órgão apresenta estrutura muito similar àquela observada no cérebro humano. Pesquisas indicam que, tanto no homem, como no gato, o mesmo setor cerebral é o responsável pela existência de diferentes emoções .[55][56]

Miado

Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Miado
O miado é o som típico que caracteriza o gato. É transcrito onomatopeicamente como "miau" em português (em diversas outras línguas apresenta grafia semelhante, como "meow", "miaow", "maw" etc)
Diferentemente do ronronar, o miado possui um som mais agudo e audível a uma grande distância. A pronúncia desta chamada varia significamente dependendo de seu propósito. Usualmente vocalizam indicando sofrimento, solicitando atencão humana (por exemplo, para ser alimentados) ou como uma saudação. Alguns vocalizam quantitativamente, enquanto que outros raramente miam. São capazes de emitir cerca de 100 tipos de vocalizações diferentes,[57] incluindo sons que se assemelham com à linguagem humana. Os machos possuem uma voz mais forte e grave que as fêmeas. Os gatos domésticos costumam miar muito mais do que os selvagens, já que é a principal forma que eles têm de chamar a atenção de seus donos.[58]

Ronrono

O gato geralmente ronrona quando se encontra em um estado de calma, prazer ou satisfação. Porém eles podem ronronar quando estão se sentindo angustiados, aflitos ou se estão com dor. Ronronam na presença de outros gatos ou, se ainda filhotes, na presença da mãe - por exemplo. Existem muitas teorias que explicam como ronronam, incluindo: vibração das falsas cordas vocais quando inspiram ou expiram, o som do sangue circulando pela artéria aorta, ressonância direta nos pulmões, entre outras. Atualmente se acredita que o ronronar é o resultado de impulsos rítmicos produzidos por sua laringe.
Quando um gato emite o característico ronrom de satisfação, é possível sentir sua garganta vibrar. Dentro da garganta, juntamente com as cordas vocais, o gato possui um par de estruturas chamadas pregas vestibulares. Alguns pesquisadores acreditam que essas pregas vibram quando o gato ronrona.[45]
No entanto, há quem diga que as pregas vestibulares nada têm a ver com a vibração da laringe, relacionada a esse ronronar.[59] A origem então estaria em um aumento momentâneo na turbulência do sangue no sistema circulatório do gato. Esta turbulência seria mais intensa quando o sangue é desviado para uma veia excepcionalmente larga, situada no peito do animal. Quando os músculos à volta dessa veia se contraem, as vibrações provocadas pela turbulência são amplificadas pelo diafragma, antes de subirem pela traquéia e ressoarem na cavidade sinusoidal. Essa vibração faz com que o gato libere endorfina, causando uma sensação instantânea de bem-estar.
É evidente que o ronronar exige pouca energia por parte do animal, uma vez que os felinos podem produzir tal som por vários minutos seguidos.[59]

Outros sons

A maioria bufa ou grunhe quando estão em perigo. Alguns podem gorjear, quando observam uma presa ou expressando interesse a um objeto próximo. Quando esse som é dirigido a uma presa fora de alcance, não se sabe se é com a intenção de apresentar um barulho ameaçador, uma expressão de frustração ou para imitar o canto de uma ave (ou de uma presa da ave, como a cigarra). Recentemente, estudiosos do comportamento animal crêem que este som é um "comportamento de ensaio", no qual o gato antecipa ou pratica como matar sua presa, já que o barulho usualmente acompanha um movimento da mandíbula similar ao que utilizam para matar a presa.[60]

Doenças dos gatos ou relacionadas com eles

Como os demais mamíferos, os gatos são passíveis de contaminação por doenças causadas por vírus, fungos e bactérias. Normalmente essas doenças se manifestam por meio de sintomas como falta de apetite, apatia e outras alterações comportamentais.[50] Poucas dessas doenças podem contaminar os seres humanos. No entanto, grande número de pessoas são alérgicas a uma proteína produzida pelos felinos, apresentando sintomas no sistema respiratório quando entram em contato com fragmentos de pelos desses animais.

Alergias



Algumas pessoas apresentam reação alérgica à glucoproteína presente na saliva dos gatos.
Alguns felinos podem ter severas reações alérgicas à determinadas medicações neles aplicadas. A exemplo poderemos citar a alergia que muitos animais apresentam à substância Ivermectina, que é tradicionalmente aplicada no controle de pequenos parasitas como carrapatos, pulgas e piolhos. Em determinadas situações, essa substância pode ocasionar o inchaço do cérebro do felino provocando fortes dores, perda de controle das pernas, cegueira temporária, perda de apetite, retenção de urina, febre, chegando a levar o animal ao estado de coma.[61] A forma de se combater alergias desse tipo é por meio da aplicação de antídotos contra ação do medicamento anteriormente ministrado.
Algumas pessoas são alérgicas à glicoproteína Fel d 1, presente na saliva dos gatos, e que passam ao humano pelo contato com a pele ou com o pêlo do gato. A glucoproteína Fel d1 pode gerar espirros, irritação das vias respiratórias e, em casos mais agudos, asma, rinite e outras reações alérgicas. No dia 24 de setembro de 2006, a empresa biotecnológica Allerca anunciou o começo da criação dos primeiros gatos hipoalergênicos..[62] Além disso, existem algumas raças de gatos que produzem pequenas quantidades da proteína responsável pela reação alérgica, não causando, deste modo, problemas às pessoas sensíveis.

Toxoplasmose



Gatos que caçam ratos e pássaros podem contaminar-se com o protozoário causador da toxoplasmose.
A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial. Trata-se de uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Ocorre em animais de estimação e produção, incluindo suínos, caprinos, aves, animais silvestres, cães, gatos e a maioria dos vertebrados terrestres homeotérmicos (bovinos, suínos, cabras, etc.).
Erroneamente, costuma se culpar os gatos pela transmissão da toxoplasmose aos humanos.[63] No entanto, pesquisas atuais indicam que na maioria das vezes essa acusação é injusta, tendo em vista que o Toxoplasma gondii, que é o protozoário causador da doença, necessita de um período de incubação após ser expelido pelo organismo do animal, por meio das fezes. Desse modo, para que haja contaminação, é necessário que haja contato com as fezes secas do animal. Portanto, mantendo-se o gato em um ambiente higienizado, com limpeza diária de sua caixa de areia, não há motivos para preocupação em adquirir essa zoonose.[64]
A toxoplasmose pode ser perigosa para a mulher grávida sendo uma possível causadora de má-formações fetais e surdez congênita. Os felinos desempenham um papel chave no ciclo desta enfermidade, sendo hospedeiro do parasita. O gato pode adquirir a doença ao se alimentar de algum pássaro ou rato infectado. Portanto, a primeira conclusão é que os gatos envolvidos na transmissão são somente aqueles que têm possibilidade de caçar ratos (gatos silvestres ou de fazendas). Como os gatos doméstico são, normalmente, alimentados apenas com ração, esse risco é extremamente reduzido, bastando certificar-se de que o gato de estimação não tenha por hábito caçar animais. Destaca-se ainda que é improvável que um gato doméstico ingira os animais que caça, tendo em vista que a maioria trata a carcaça de suas vítimas como "troféus", não se alimentando delas.
Quando contaminado, o felino excreta os oocistos ("ovos" do protozoário) nas suas fezes, e o humano pode se infectar quando entra em contato oral com elas (por não lavar as mãos direito depois de limpar a caixa de areia do animal, ou não lavar legumes que foram plantados em locais que contêm fezes de gatos, por exemplo). Mas a contaminação apenas é possível se esse contato ocorrer após que tenha se passado o período de incubação desses ovos. Assim, tendo condições boas de higiene, é improvavel que se ocorra algum tipo de infecção.[65]
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o principal causador da toxoplasmose em mulheres não é o contato com gatos domésticos. O principal perigo consiste na ingestão de protozoários presentes na carne vermelha crua ou mal cozida, bem como nas verduras mal lavadas e contaminadas com dejetos de animais.[66]

Leucemia felina



Gatos que vivem nas ruas são mais vulneráveis à doenças como a Leucemia e a Panleucopenia felina.
A leucemia felina é provocada por um vírus, é uma das doenças mais complexas que afeta os gatos. Diferentemente da versão humana da doença, ela é contagiosa, podendo ser transmitida de gato para gato, por meio da saliva ou pelo contato com sangue contaminado.[50] No entanto não é contagiosa aos seres humanos, tendo em vista que o agente causador somente sobrevive no organismo dos felinos.
Gatos vacinados contra a leucemia estão protegidos em 95% dos casos. Castrando-se um animal, consegue-se diminuir a possibilidade de contaminação, já que o animal tende a permanecer mais em casa e não ter contato com outros gatos.
A leucemia felina é uma doença desconhecida por muitos veterinários, que, ao não saber como tratá-la, recomendam o sacrifício do animal. Inicialmente, essa doença se manifesta pela perda parcial da defesa imunológica do gato portador. Porém, trata-se deuma doença degenerativa, cuja gravidade vai avançando, diminuindo assim vida do bichano em alguns anos. Tratamentos podem abrandar os problemas, sobretudo se o gato viver em boas condições, uma vez que, devido à baixa imunidade, qualquer pequena doença pode ser altamente perigosa para o animal.
Durante o tempo em que está em um estado crítico, o gato necessita de cuidados e boa alimentação, acompanhado por veterinários, do uso do interferon[67] e outros complementos que o ajudem a ter defesas mais fortes.
A leucemia felina "terminal", ocorre quando a doença atinge a medula óssea, anulando totalmente a produção de glóbulos brancos para a sua defesa; quando esta ocorre, o animal começa a ter a sua saúde deteriorada rapidamente e passa a sofrer fortes dores, de forma que o sacrifício é a única solução.

Panleucopenia felina



Brigas entre gatos podem fazer com que eles tenham contato com sangue e saliva de animais contaminados.
A Panleucopenia felina uma doença viral que acomete gatos domésticos e outros membros das famílias Felidae, Mustelidae, Viverridae e Procyonidae. O agente causador é um vírus classificado como parvovírus felino.[68] Essa doença não é transmissível ao homem e nem a outros animais de estimação.
Trata-se de uma enfermidade altamente contagiosa aos felinos, caracterizada pelo aparecimento súbito dos seguintes sintomas:[50]
O vírus da panleucopenia felina, é um parvovírus pequeno pertencente à família Parvoviridae. Essa doença é considerado um dos distúrbios gastrointestinais mais mortais para os gatos, apresentando taxa de mortalidade de aproximadamente 80% dos indivíduos contaminados.[69]
Os gatos que vivem soltos estão mais expostos à contaminação pelo vírus da doença. A vacinação é bastante eficaz, sendo que a incidência de panleucopenia é muito baixa nas populações de gatos que recebem as doses da vacina nos primeiros meses de idade.[70] Contudo, foram relatadas ocorrencias da panleucopenia transmitida pelo colostro e pelo leite.[71]
Os incubadores do vírus são os próprios gatos, sendo que a transmissão é feita mediante as seguintes maneiras:
  • contato direto com os gatos contaminados e/ou doentes;
  • através de alimentos ou água contaminada;
  • Contato com fezes ou urina (que ocorre quando um animal sadio usa uma caixa de areia contaminada por um gato doente);
  • Contato com vômito;
  • Saliva;
  • Ectoparasitas como pulgas e carrapatos.
Os indivíduos doentes passam por um tratamento de elevada complexidade. Os animais que conseguem sobreviver mais de uma semana, evitando-se a todo o custo a desidratação, têm possibilidade plena de se salvar. No entanto, isso ocorre apenas em 20% dos casos, portanto a prevenção por meio da aplicação de vacinas ainda é a melhor forma de se evitar a ocorrência do problema.[72]

Peritonite infecciosa felina



O compartilhamento de uma mesma caixa de areia entre diferentes gatos pode aumentar o risco de transmissão de algumas doenças, como a PIF.
A peritonite infecciosa felina, mais conhecida pelo acrônimo PIF, é uma síndrome viral contagiosa entre os felinos, que contamina o intestino, o fígado, os rins, o cérebro e e todo o sistema nervoso dos animais, levando à formação abcessos nos órgãos afetados.[73]
Dentre os principais sintomas estão a perda de apetite, emagrecimento rápido do animal, anemia, diarreia, febre constante, abdômen distendido, e inchaço nos gânglios linfáticos. Não há cura para a PIF, sendo que após a contaminação, o gato vive por, no máximo, dois anos.[74] Destaca-se também, que ainda não existe nenhuma vacina eficaz contra essa doença. Normalmente, quando os sintomas se agravam, é praticada a eutanásia, visando minimizar o sofrimento, tendo em vista que as manifestações dos sintomas dessa doença, em sua fase terminal, causam dores intensas no animal.
Essa doença se transmite por meio de contato com as fezes contaminadas, o que ocorre, sobretudo, quando diversos gatos dividem uma mesma liteira. Pode também ser transmitida aos filhotes de gatas doentes, por meio do leite. Contudo, trata-se de um vírus que ataca exclusivamente os felinos, não oferecendo assim risco de contágio aos seres humanos.[75]

Síndrome urológica felina



Radiografia evidenciando a existência de um cálculo na bexiga de um gato. A mancha mais clara, na ponta da seta, indica a presença de calcificação no interior do órgão em questão.
A síndrome urológica felina consiste num conjunto de problemas que surgem nos felinos, com o avanço da idade. O animal afetado apresenta problemas inflamatórios no sistema urinário, dentre os quais destacam-se a cistite, uremia e formação de cálculos renais e na bexiga.[76]
O principal sintoma consiste na dificuldade e dor ao urinar; algumas vezes nota-se a presença de sangue na urina. As causas dessa doença estão ligadas a alimentação do animal, além de fatores genéticos que implicam uma predisposição à sua ocorrência. O tratamento consiste na aplicação de medicamentos contra as dores e a infecção, além de um controle rigorosa na dieta do animal. Deve ser oferecida água limpa em abundância e rações que não tenham acidificantes em sua formulação, ou apresentem elevados índices de magnésio.[77]
Com uma alimentação adequada há uma considerável diminuição da probabilidade de formação de cálculos no sistema urinário. Existem no mercado diversas rações balanceadas para diferentes tipos de gatos, variando de acordo com diversos elementos, como a raça do animal, sua idade, sexo, se é castrado ou não. É, até mesmo, possível encontrar rações específicas para gatos portadores da síndrome urológica felina, capazes de reduzir o pH urinário e melhorar o funcionamento dos rins, auxiliando na dissolução dos cálculos existentes e prevenindo a formação de novas calcificações.[78]

Raças de gatos domésticos

Os gatos apresentam uma grande variedade de cores e padrões. As raças podem ser divididas em três categorias: pêlo longo, pêlo curto e pêlo ralo. A pelagem pode, ainda, ser dividida em lisa ou ondulada existindo variações intermediárias. A cor dos olhos também podem estar relacionadas à certas raças. Os gatos persas, por exemplo, costumam ter a íris na mesma coloração dos pelos.
A maior parte das raças foram desenvolvidas recentemente, de modo a ressaltar determinadas características desejadas e inibir outras indesejadas. Por exemplo, enquanto um gato bengal deve possuir pernas alongadas, um Munchkin jamais deve apresentar tal característica. Ou ainda, enquanto que caudas longas e exuberantes são imprescindíveis para a beleza dos persas e himalaios, não fazem parte do padrão existente para a raça bobtail.
Diferentes raças tendem a apresentar graus distintos de suscetibilidade à certas doenças.[79] Os gatos do padrão Keltic Shorthair normalmente são mais resistentes à problemas de saúde, uma vez que tais animais derivam de gatos de rua. Nesse caso, a seleção natural faz com que apenas os animais mais adaptados sobrevivam e consigam passar seus genes adiante.


Gato da raça abissínio.

Raças mais comuns

Estima-se que, atualmente, existam mais de 250 diferentes raças de gatos domésticos.[80] Algumas delas surgiram naturalmente, à partir de cruzamentos entre gatos sem raça definida, que portavam diferentes características. Outras foram desenvolvidas por meio de cruzamentos planejados por criadores, visando um aprimoramento genético, com a intenção de ressaltar determinadas feições dos animais. Segundo associações de criadores de felinos, como a TICA (Associação Internacional de Gatos), as mais comuns raças de gatos existentes na atualidade são as seguintes:[18][81][82]
Abissínio
Os Gatos Abissínios são de origem indiana. Caracterizam-se por terem comportamento tímido e discreto, com miados baixos. O corpo é esguio e musculoso, o que lhes dá agilidade. Com isso são gatos bem ativos precisando, portanto, realizar muita atividade física. Costumam interagir muito bem com outros gatos, mesmo que sejam de raças diferentes.[83]
Angorá
Os gatos da raça Angorá surgiram na região de Ankara na Turquia central e são conhecidos na Europa desde o início do século XVII. Os membros dessa raça são animais muito dóceis e amistosos. Muito curiosos, gostam de escalar até pontos elevados, de onde possam observar a movimentação das pessoas.[83]


O gato Bengal possui o corpo bem alongado.
Bengal
O Bengal é uma raça recente, derivada de cruzamentos induzidos entre gatos domésticos e o leopardo asiático. Tal cruzamento só foi possível devido ao fato desse Leopardo possuir o mesmo número de cromossomos do gato doméstico, o que tornou possível a realização de cruzamentos que originassem descendentes férteis.
Esses animais apresentam tamanho médio a grande, com peso entre 5,5 a 9 kg. Têm pelo curto, estrutura óssea bastante forte e uma cabeça relativamente grande, com contornos arredondados e ligeiramente comprida, lembrando o formato dos felinos selvagens.[83] Apesar de descender de uma linhagem de felinos mais agressivos, esse animal é bastante pacato e sociável, respeitando bastante o seu dono.


Gato Bobtail Japonês com sua pequena cauda.
Bobtail japonês
Esse gato surgiu no Japão no século VII. Lá acredita-se que possuir um espécime tricolor desse animal traz sorte, felicidade e prosperidade, sendo por isso muito popular nesse país asiático.
A principal característica do Bobtail é a pequena cauda, que mede entre oito e dez centímetros quando esticada. O gato sempre a mantém curvada, o que a deixa com a aparência de um rabo de coelho. É uma raça de porte elegante, com uma boa musculatura, porém esbelta. Suas pernas são esguias, sendo as posteriores ligeiramente maiores que as anteriores.[83]


Típico exemplar da raça Bombay, que apresenta a pelagem completamente negra.
Bombay
O Bombay é um gato originário dos Estados Unidos da América. Surgiu nos anos 1960 por meio de cruzamentos entre diferentes gatos pretos de pêlo curto americano.
Esses gatos apresentam a pelagem completamente negra e curta, com textura aveludada, sem a presença de pontos brancos. O seu tamanho é médio, sendo o macho maior que fêmea. Os gatos dessa raça miam pouco, mas em contrapartida, costumam ronronar intensamente. É sociável e necessita sempre de companhia, não adaptando-se bem à vida solitária.[83]


Chartreux de olhos amarelos.
Chartreux
Os gatos Chartreux apresentam coloração cinza-azulada, com pelos curtos, densos e grossos. Os gatos dessa raça são muito silenciosos, de modo que raramente miam. São muito ativos e necessitam de bastante espaço físico para correrem e exercitarem-se. Quando privados de espaço podem ficar irritados e demonstrar alguma agressividade.[83]
Originário da França, país onde os gatos costumam ser muito polulares como animais de estimação, o Chartreux é um animal afetuoso e sociável. Possui um apurado extinto de caça e uma forte musculatura, que lhe dá condições para atacar rapidamente pequenas presas como pássaros e roedores.
Cornish Rex
O Cornish Rex é um gato de pelo curto e ligeiramente cacheado, originário da Inglaterra. Possui um aspecto rústico e é considerado um excelente animal de estimação uma vez que convive muito bem com os humanos, mesmo no caso da presença constante de estranhos. É um animal de fácil tratamento, não exigindo cuidados muito complexos.[83]


O Gato Himalaio combina os longos pelos dos Persas com a coloração do Siamês.
Himalaio
O Gato Himalaio foi criado por meio de cruzamentos consecutivos entre espécimes das raças persa e siamês. Desse modo, combinam a vasta e sedosa pelagem dos persas com o porte e a sofisticada marcação de cores presentes nos siamêses.[83]
São gatos apegados aos donos e bastante brincalhões, de modo que precisam sempre da companhia humana ou da presença de brinquedos para se distrairem. Sua principal característica é a pelagem densa com coloração do tipo colourpoint, onde as extremidades do rabo, patas e cabeça assumem uma tonalidade mais escura em relação ao corpo.


O gato LaPerm apresenta pelos cacheados.
LaPerm
O gato LaPerm foi registrado em 1982, nos Estados Unidos da América. Trata-se de um felino de pelagem longa e cacheada, com espirais lembrando um saca-rolhas.
Apresenta comportamento bastante interativo. É um gato muito procurado por pessoas que gostam de animais que se adaptem aos costumes do lar. Sua personalidade marcante faz com que ele desenvolva uma forte ligação afetiva com os donos e esteja sempre pronto para brincadeiras, até mesmo com estranhos.[83]
Maine Coon


Podendo alcançar peso superior a 20kg, o Maine Coon é a maior raça de gatos existente.
O Maine Coon é um gato norte-americano, conhecido pelo seu avantajado tamanho em relação às demais raças. Foi primeiramente reconhecido como raça oficial[84] no estado norte-americano do Maine, onde era famoso pela sua capacidade de caçar ratos e de tolerar climas rigorosos. Devido ao seu grande porte físico também é conhecido como "o gigante gentil".[85]
Originalmente um gato de trabalho, o Maine Coon é resistente, rústico, capaz de suportar as intempéries. Seu pelo é macio e seu corpo muito bem proporcionado, de aparência retangular e balanceada, sem partes exageradas em tamanho. É musculoso, de tamanho médio para grande. As fêmeas geralmente são menores que os machos.


Os gatos da raça Mau Egípicio descendem diretamente dos primeiros gatos domesticados no Antigo Egito.
O comportamento do Maine Coon é extremamente dócil, meigo, companheiro, dando-se bem com outros gatos e outros animais de estimação, como o cão. É um gato de fácil adaptação, e essencialmente muito amigável. É carente de cuidados e atenção, necessitando sempre companhia. Seu miado é um dos mais curiosos, por ser semelhante ao cricrilar de um grilo.[83]
Mau egípicio
O Mau Egípcio é uma raça que descende diretamente dos gatos da época do Antigo Egito.Podem ser vistos em papiros e construções egípcias anteriores a 1000 a.C.[86] Exemplares foram levados à Europa e, mais recentemente, a raça foi desenvolvida nos Estados Unidos a partir de cruzamentos entre exemplares europeus.
É um gato doméstico de temperamento calmo. Esperto e dedicado, possui laços afetivos extremamente fortes com os seus donos.[87] O seu aspecto é perfeitamente balanceado entre esbelto e roliço. A sua cabeça é levemente arredondada. O focinho não é pontudo e os seus olhos são oblíquos, de formato oval, geralmente apresentando cor verde.[83]
Munchkin
O Munchkin é um gato de pernas curtas e corpo alongado. Em função desse formato peculiar, é apelidado de Basset Hound felino.
É dócil, sociável e amável. É ativo como outros gatos, mas não pula tão alto devido à pequena altura das suas pernas, que chegam a medir apenas um terço do tamanho observado nas outras raças. A pelagem é bastante variável, podendo ser longa ou curta, com várias tonalidades e cores diferentes.[83]


O gato Norueguês da Floresta apresenta densa pelagem na região do pescoço, que lhe protege contra o frio.
Norueguês da Floresta
Como o próprio nome diz, o gato Norueguês da Floresta se originou nas áreas florestais da Noruega. A necessidade de se abrigar durante os invernos frios da Escandinávia transformou seu manto em uma espécie de cobertor macio, protegendo-o do vento, do frio e da umidade da neve.[88] Para proteger-se do frio este gato também se serve de abundante camada de pelos ao redor do pescoço, formando uma densa juba.
Como originaram-se de gatos que viviam ao ar livre, os membros dessa raça possuem a característica de serem excelente caçadores e apresentarem grande independência em relação à seus donos.
Pelo curto americano
O Gato de pelo curto americano foi criado à partir do padrão observado nos gatos que se procriaram nas ruas das grandes cidades dos Estados Unidos da América. São conhecidos por sua longevidade, saúde e docilidade com crianças.
Resistente, tem seu corpo muito bem proporcionado, forte, ágil, balanceado e simétrico. Seu corpo é mais comprido do que alto, de tamanho médio para grande. As fêmeas são ser menos robustas em relação aos machos. Sua pelagem é curta, e de textura dura. Variações na grossura dos pelos são observadas de acordo com a região e estação do ano. A pelagem é densa o suficiente para proteção do tempo, frio e cortes superficiais na pele.[83]


Um espécime da Raça Pelo Curto Brasileiro
Pelo curto brasileiro
O gato de pêlo curto brasileiro foi a primeira raça genuinamente brasileira a ser reconhecida internacionalmente.[89] Criado à partir do padrão observado nos gatos descendentes da subespécie Felis silvestris iberica que se procriaram nas ruas das cidades brasileiras, são conhecidos por sua longevidade, resistência e docilidade com adultos e crianças.
O pêlo é bem deitado junto ao corpo, cabeça e orelhas de tamanho médio, proporcionais a largura da base, bem colocadas. Os olhos ligeiramente oblíquos e o nariz da mesma largura da base até à ponta. Peito largo, pernas de tamanho médio e patas arredondadas, também de tamanho médio. O corpo é forte, musculoso, mas o aspecto geral é de um gato muito ágil e elegante.


Gato de pelo curto europeu.
Pelo curto europeu
O Gato de pelo curto europeu foi naturalmente desenvolvido, à partir do cruzamento entre os gatos de diferentes raças que viviam nas ruas das cidades cidades da europa continental. São conhecidos por sua longevidade e resistência a doenças.[83]
Assemelha-se bastante ao gato de pêlo curto brasileiro, mas, devido ao clima mais frio presente na Europa, possui uma pelagem mais densa e compacta. Assim como as demais raças de gatos surgidas nas ruas, apresenta excelente visão noturna e bom faro, o que lhe permite caçar roedores na ausência de alimentos fornecidos pelos humanos.


Exemplar da raça "pelo curto inglês".
Pelo curto inglês
Sendo conhecido há cerca de dois mil anos, o gato de pelo curto inglês é a mais antiga raça de gatos da Inglaterra. É um gato elegante, compacto, bem balanceado e forte, que prefere estar no chão, e não tem entre suas especialidades a velocidade, ou a agilidade. A cabeça é arredondada, com bom espaço entre as orelhas.[83]
Devido à sua inteligência é uma das raças preferidas para filmes em Hollywood e comerciais de televisão.[90] São amistosos e muito afetuosos, consisindo assim em excelentes companheiros para toda a família.


Gato persa, a raça com pedigree mais comum no Brasil.
Persa
Os gatos persas originaram-se na antiga Pérsia (atual Irã). No século XVII foram levados à Itália, onde sua pelagem macia e brilhante fez com que imediatamente ganhassem popularidade. Atualmente, essa é a raça de gato doméstico mais popular no Brasil e na maior parte do mundo.[92]
Os persas são gatos muito procurados por pessoas que vivem em espaços pequenos, como apartamentos, pois seus miados são baixos e pouco comuns, além do fato desses animais apresentarem um forte apego ao seu dono.[92]
Esse animal se caracteriza pela pelagem comprida e sedosa, com uma cabeça grande e redonda, orelhas pequenas e arredondadas com tufos de pelo no interior, olhos grandes e redondos de coloração vívida e patas curtas, porém musculosas. O padrão comum da raça apresenta focinhos achatados (flat face), porém alguns animais possuem focinhos um pouco mais alongados (doll face).[83][92]


Os gatos da raça Ragdoll são extremamente dóceis.
Ragdoll
O gato ragdoll foi desenvolvido em meados dó século XX, nos Estados Unidos da América. Seu nome, que significa boneca de pano em inglês, indica uma característica peculiar desse animal que é relaxar completamente quando o pegamos no colo. É tão dócil que permite ser jogado de um lado para o outro, algo que nem todos os gatos aceitam.[83]
É um gato muito quieto e gentil, e uma vez que escolha um dono, o acompanhará permanentemente. São gatos caseiros, por sua docilidade, são totalmente indefesos quando livres, portanto são gatos para viver exclusivamente em ambiente interno. Não possuem muita necessidade de atividades físicas, sendo mais sedentários que gatos de raças menores.


A pelagem do Ocicat se assemelha bastante a de uma jaguatirica (Leopardus pardalis).
Ocicat
O gato Ocicat surgiu nos Estados Unidos em 1964, quando uma criadora comercial realizava cruzamentos entre Abissínios e Siameses. Quando ela cruzou um abissínio-siamês com um com um siamês chocolate point, obteve um gato com a pelagem semelhante a de um jaguar. Chamou a nova raça de "Ocicat" pela semelhança desse gato com a jaguatirica (que em inglês, se chama Ocelot). Apesar dessa aparência singular, esses gatos não são híbridos entre gatos domésticos e espécimes selvagens.
São gatos de tamanho grande, com patas ovais, pernas robustas bem musculosas e rabo alongado. Seu pêlo segue um padrão manchado, semelhando-se ao observado nos felinos selvagens. Seus olhos podem possuir quase todas as cores, exceto azul.[83]


Gato Sagrado da Birmânia com face e orelhas na coloração acinzentada.
Sagrado da Birmânia
O Gato Sagrado da Birmânia recebeu esse nome por descenderem diretamente de uma linhagem de gatos que viviam dentro dos mosteiros budistas birmaneses.[93] Segundo a lenda budista, existia em um determinado templo, um gato branco, de pelo comprido, que era o fiel companheiro de um sacerdote. Quando este morreu, assassinado por invasores, o gato pulou para cima do corpo de seu dono e aí ficou, para evitar que alguém se aproximasse. Nesse momento, sua pelagem foi ficando cor de creme. Os olhos dourados tornaram-se azuis e as patas, nariz, orelhas e cauda, azuis - cinzentos. Apenas os quatro pés, que estavam em contato com o corpo do defunto, permaneceram brancos.[94]
Os espécimes dessa raça apresentam olhos azuis, pelos longos e corpos musculosos. A pelagem não forma nós, nem cachos, exceto da região do abdômen. As fêmeas pesam no máximo 5 kg, sendo bem menores do que os machos, que podem chegar aos 8 kg. Sempre andam com a cauda ereta. Sempre nascem brancos, adquirindo a coloração definitiva após alguns meses. Alguns gatos dessa raça nascem portando cardiopatias congênitas.
Savannah


Um gato da raça Savannah, com sua marcante orelha pontiaguda.
O Savannah é um animal híbrido derivado de cruzamentos entre o gato doméstico e o serval africano (Leptailurus Serval). Possui esse nome pelo fato do serval habitar as savanas.[95] Pelo fato da raça ser resultante do cruzamento de espécies diferentes, a maior parte dos animais é estéril, o que a torna uma raça muito rara.[96]
Os gatos dessa raça possuem um porte intermediário ao do gato doméstico e ao do serval, sua cabeça possui formato triangular, orelhas esguias e de tamanho grande, e a pelagem formada por manchas iguais a do serval, porém, a cor do pelo pode variar entre prateado, dourado ou marrom. Sua personalidade é independente, contudo, não apresenta traços da agressividade existente nos animais selvagens.


Diferentemente das outras raças, os Scottish Folds apresentam as pontas das orelhas caídas.
Scottish Fold
O Scottish Fold é um gato originário da Escócia. Possui um porte robusto, pelos macios e face bem arredondada. A sua característica mais marcante está nas orelhas que, ao contrario dos demais gatos, são pequenas e com pontas dobradas para dentro
São bastante companheiros, tolerantes com animais de outras espécies. Possuem nível médio de atividade, não sendo nem muito agitados nem muito pacatos.[97]
Os gatos dessa raça praticamente não miam, exceto quando estão no cio. Sua coloração é cinza-azulada podendo variar entre tons mais claros e mais escuros, sempre contrastando com áreas de pelagem branca. O pêlo azul pode ficar levemente marrom antes da troca, que normalmente ocorre duas vezes por ano.
Siamês


Exemplar de gato siamês.

Os gatos siameses receberam esse nome por serem originais do antigo Sião (atual Tailândia). Trata-se de um gato de psicologia complexa, freqüentemente imprevisível em suas reações. Por isso precisa viver em espaço amplo, onde possa dar seus passeios noturnos. Costuma miar bastante, sobretudo no período do cio.[83]
A característica mais marcante dessa raça está na cabeça, perfeitamente triangular, ornamentada por um belo par de olhos azuis. Essses gatos nascem quase totalmente brancos, sendo que a pelagem das partes menos aquecidas (orelhas, patas e cauda) escurece a medida que se tornam adultos; a pelagem das partes mais aquecidas, como o umbigo, permanece clara. O tom dos pêlos em geral tende a escurecer conforme a idade do animal, devido à circulação sanguínea menos eficente, e gatos que vivem em ambientes mais frios são geralmente mais escuros que espécimes em ambientes mais quentes.[98] É uma das poucas raças de gato que podem ser realmente adestradas, aceitando inclusive a passear de coleira com seus donos, como fazem os cães, desde que treinados desde pequenos.


Gato Sphynx, a única raça que não possui pelos.
Sphynx
O Sphynx é uma raça originária do Canadá. Ficou famosa por não possuir pelos, sendo assim muito procurado por pessoas que gostem de gatos, mas possuam alergia a seus pelos.
Devido a essa ausência de pelos, esse animal é vulnerável ao frio e ao calor, podendo sofrer queimaduras solares nas partes mais claras da pele.[83]
Tonquinês
O Tonquinês é uma raça desenvolvida no início do século XX, a partir do cruzamento entre gatos siamêses e gatos birmanêses. No início, eram conhecidos como "siameses dourados", mas, após diversas gerações, a raça conseguiu reconhecimento próprio.
De caráter afetuoso e sociável são muito inteligentes. Gostam de longos passeios e, perigosamente, de permanecer perto de automóveis por associa-los à presença humana. Por sua genética mista, no cruzamento entre tonquineses, apenas a metade da prole será de representantes dessa raça.[83] Essa raça ainda é pouco difundida na Europa, ao contrário do que ocorre em sua área de origem, a América do Norte, onde é bastante comum encontrar criadores que comercializem esses animais.[99]

Mitologia e cultura popular

Os gatos sempre foram muito referenciados na cultura popular. Dentre os antigos povos que reverenciavam os gatos, destacam-se as civilizações Egípcia, Birmanesesa, Celta, Latina, Nórdica e Persa.[100] Todas essas culturas tinham em comum a presença de deuses que apresentavam-se na forma de gatos.[101]
Na cultura celta, a deusa Ceridwen está têm uma relação com o culto ao gato, por meio de seu filho Taliesin, o qual, em uma de suas reencarnações foi descrito como sendo um gato de cabeça sarapintada.[102]


Antiga estátua egipícia fundida em bronze, pertencente ao acervo do Museu do Louvre, exibe uma gata amamentando dois filhotes.
Na Mitologia nórdica, existe a deusa Freya, que possui uma carruagem puxada por dois gatos, que representavam as qualidades da deusa: a fertilidade e a ferocidade. Esses gatos exibiam as facetas do gato doméstico, ao mesmo tempo afetuosos, ternos e ferozes. Os templos pagãos da região nórdica eram frequentemente adornados com imagens de gatos. Na Finlândia, havia a crença de que as almas dos mortos eram levadas ao além por meio de um trenó puxado por gatos.[103]
A cultura islâmica relata várias associações entre os gatos e o profeta Maomé, a quem teriam inclusive salvo da morte, ao matar uma serpente que o atacava.[101]
Na Ásia, os gatos foram venerados pelos primeiros budistas devido a sua capacidade elevada de auto-domínio e ao fato do animal apresentar capacidade de concentração semelhante à obitida por meio da meditação. Na China, estatuetas de gatos eram utilizadas para afugentar maus espíritos. Esse povo acreditava na existência de dois tipos distintos de gatos: os bons e os maus, que podiam ser facilmente diferenciados, uma vez que os maus tinham duas caudas.[103]
Os hebraicos têm uma lenda onde o gato teria sido criado por Deus dentro da Arca, quando Noé, preocupado com a proliferação dos ratos que se procriaram excessivamente na embarcação, implorou à Deus para que Ele providenciasse uma solução. Deus então fez com que o leão da Arca espirrasse, e do espirro desse felino, surgiram os gatos domésticos.[104]
Durante a Idade Média, os gatos foram vítimas de inúmeras crueldades, pois algumas pessoas acreditavam que esses animais eram possuídos pelo diabo.[105] No século XV, o papa Inocêncio VIII chegou a incluir os gatos pretos na lista de seres hereges perseguidos pela Inquisição. Assim, esses gatos foram acusados de estarem associados a maus espíritos e, assim, queimados nas fogueiras juntamente com as pessoas acusadas de bruxaria.[105]
De acordo com um mito existente em diversas culturas, os gatos possuem sete ou nove vidas. Essa lenda surgiu em decorrência da habilidade que esses felinos possuem para escapar de situações que envolvam risco à sua vida.[106] Outro fator também responsável por essa crença é que, ao cairem de grandes altitudes, os gatos, quase sempre, atingem o solo apoiado sobre as quatro patas. Isso ocorre em função de possuirem um apurado senso de equilibrio, que lhe permite girar rapidamente usando a cauda como contrapeso.[107]
Quando abandonados em áreas remotas, distante da sociedade humana, filhotes de gatos podem converter-se ao meio de vida selvagem, passando a caçar pequenos animais para sobreviver. Isso faz com que eles sejam frequentemente vistos como animais resistentes, dotados de várias "vidas".[37] Entretanto, a expectativa de vida de um gato de rua é de apenas 3 anos. Já um gato que seja cuidado por humanos pode superar os 20 anos de idade.[38]

Gato preto



Gato preto da raça Norueguês da Floresta.

Um gato preto ou negro possui pelagem de cor escura, muito associado à crenças e superstições. Na idade média, acreditava-se que os gatos pretos eram bruxas transformadas em animais. Por isso a tradição diz que cruzar com um gato preto é sinal de mau agouro. Em outras culturas os gatos dessa cor são reverênciados, estando associados a presença de boa sorte.
Os animais de cor preta frequentemente estão presentes em histórias de suspense e terror. Um conto conto muito popular tratando desse animal é O Gato Preto de Edgar Allan Poe,[108] onde o autor responsabiliza o animal por uma série de acontecimentos sobrenaturais presentes na narração.
Histórias desse tipo acabam levando algumas pessoas a desenvolverem um medo patológico de gatos, que é denominado ailurofobia.[109]

Os gatos e a sociedade atual



Desenho do gato Frajola no logotipo de um esquadrão do Exército dos Estados Unidos da América.
Muito utilizados como animais de estimação, os gatos podem ter efeitos benéficos, a medida em que atuam como animais de companhia, auxiliando no tratamento da depressão em seres humanos. Estudos científicos indicam que existe uma redução de 30% no risco de ocorrências de infartos nas pessoas que têm gatos como animais de estimação. O provável motivo desse fato é que o convívio com esses pequenos felinos minimizam o nível de estresse, um dos principais responsáveis pelo surgimento de problemas cardiovasculares.
A presença constante desses animais na sociedade humana faz com que frequentemente sejam criados personagens baseados neles. Alguns gatos fictícios famosos: CatDog, Bafo-de-Onça, Comichão, Frajola, Hello Kitty, Garfield, Gato de Botas, Gato Felix, Manda-Chuva, Penélope, Swat Kats, Tom, entre outros.

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